Nem sempre entendo do jeito que o Outro gostaria. Isto passa a ser uma dificuldade? Nao. De forma alguma. Além de sermos pessoas com histórias diferentes, épocas e idiomas diferentes, cada um enxerga o mundo com as lentes naturais do seu corpo. Seu ponto de vista. Tão fácil isso e nos meus estudos aquiterurenses me eram tão dificultosos.... E só agora, neste ultimos anos que venho percebendo que é real.... De fato cada um vêne escuta do seu jeto e o que deseja, ou seja, vê suas coisas, vê seu desejo ou a falta dele.
Portanto, quantos mundos existem? Quantas pessoas sou diante de cada Outra? O que construo é entendido como o que eu construí ou como é visto? Afinal?
Quem é o que diz ser? Que mundo é esse feito de infinitos outros mundos?
Qual será o real? O meu ou o que enxergam do meu mundo?
O que é o real?
As verdades absurdas me enervam de tal forma a desistir de fazer o Outro existir.
Interlúdios II
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
À razão é pura ilusão!
Alguns humanos precisam sentir que sabem.... Sabem o que fazem, sabem o que sentem, sabem o que os outros sentem, sabem.... Apenas sabem. O verbo principal de suas vidas: saber
Saber é poder e poder é pura ilusão. Ilusão por ilusão prefiro aquela que a gente sente mesmo sem verdades absolutas e absurdas.
Há de chegar um dia que amar por amar, apenas amar, seja simplesmente amar.
Moral e poder.... Tudo na mesma mesmicidade besta.
Canso de papo furado desse tipo.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Sobre um estado depressivo
Por favor, não me venham com verdades sobre a vida. Quem fala verdades não sabe o que diz.
Por favor, não me venham com perguntas sobre o que sinto, quem pergunta isso, nunca soube o que sentiu.
por favor, não me venham com frases feitas de que tudo vai dar certo. Nada dá certo. Quem fala isso, vive de ilusão. (tá pior que eu)
Por favor, não me venham com palavras em tons fortes, porque nunca sentiram o grito silencioso de uma alma em sofrimento.
Viver com anestesiantes de sentimentos, esse é meu destino. Tudo o que sinto precisa ser anestesiado.
Não me venham com pedidos de ajuda, ando cansada de ajudar os outros. Preciso ajudar minha a dor a morrer, ou a mim mesmo.
Se possível, peço a todos que esqueçam de mim.
Não vou mais a lugar algum, não esperem de mim o que até então estava oferecendo.
Não me venham com conselhos. DETESTO!
Cuidem de sí. Mintam para si mesmos, não para mim. Não compactuo mais com nada, nem mentiras e muito menos verdades.
Gosto de ler Clarice quando diz sobre sua mãe (para mim é sobre meu pai)
“(...) fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe (não curei meu pai). E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. Mas eu, eu não me perdôo.”
Por favor, não me venham com perguntas sobre o que sinto, quem pergunta isso, nunca soube o que sentiu.
por favor, não me venham com frases feitas de que tudo vai dar certo. Nada dá certo. Quem fala isso, vive de ilusão. (tá pior que eu)
Por favor, não me venham com palavras em tons fortes, porque nunca sentiram o grito silencioso de uma alma em sofrimento.
Viver com anestesiantes de sentimentos, esse é meu destino. Tudo o que sinto precisa ser anestesiado.
Não me venham com pedidos de ajuda, ando cansada de ajudar os outros. Preciso ajudar minha a dor a morrer, ou a mim mesmo.
Se possível, peço a todos que esqueçam de mim.
Não vou mais a lugar algum, não esperem de mim o que até então estava oferecendo.
Não me venham com conselhos. DETESTO!
Cuidem de sí. Mintam para si mesmos, não para mim. Não compactuo mais com nada, nem mentiras e muito menos verdades.
Gosto de ler Clarice quando diz sobre sua mãe (para mim é sobre meu pai)
“(...) fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe (não curei meu pai). E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. Mas eu, eu não me perdôo.”
sábado, 6 de junho de 2015
Hoje a vida me é insuportável
A vontade de viver sumiu
A alegria de sorrir evaporou-se
Não desejo mais viver assim
O mundo não está como deveria
As estrelas não brilham mais como antes
A lua não seduz como os poetas dizem
Cansei de tudo
Cansei de todos
Cansei principalmente de quem não entende
Que as pessoas não são como as vemos
A alegria de sorrir evaporou-se
Não desejo mais viver assim
O mundo não está como deveria
As estrelas não brilham mais como antes
A lua não seduz como os poetas dizem
Cansei de tudo
Cansei de todos
Cansei principalmente de quem não entende
Que as pessoas não são como as vemos
quinta-feira, 4 de junho de 2015
El valor que no se ve
Hay días en los que la vida se llena de porqués,
La esperanza se preocupa por quererlos resolver,
Desconfías de la gente, del amor y piensas que
No es posible que se sufra más que tú.
Y esos días tú te rindes al mundo en torno a tí
Para no sentir el miedo del valor que no se ve
Y te sientes tan perdida que ya no puedes más
Sin la fuérza que te da la vida
Busca una salida, un mañana que
Cure las heridas que hay dentro de tí,
Lucha por vivir, con ese valor que no se ve
Equivocarse nunca importa, vuélvelo a intentar
Si una puerta se te cierra, otra puerta se abrirá
Lo que en realidad importa es no renunciar jamás,
Pues tal vez estés a un solo paso...
Busca una salida, un mañana que
Dé una nueva vida a todo el mundo que
Luchará con fe, con ese valor que no se ve
Por todos ellos, échale valor,
Por quien lo pierde y lo va buscando,
Por los que se sienten tan mal como tú,
Por esos que esperan sin desesperar, como tú
Busca una salida, un mañana que
Dé una nueva vida a todo el mundo que
Sólo por dolor no se pierda en el camino
No te rindas nunca, busca en tu interior
Busca la salida, el mañana que
Vuelves a tener dentro del valor que no se ve
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Meu predileto e insubstituível
Será mesmo o mais sombrio e trágico de todos os escritores? Como pode ser se tudo o que escreve é de uma amorosa visão de antecipação além de romantizar tão sensivelmente ao descrever seus instintos e emoções.
Dostoiévski desperta em mim por uma transferência atravessada apenas pelas palavras, será possível isso?
Pós morte?
Pois é assim mesmo.
Ele parecia (parecer) conhecer o coração humano como ninguém, desde sua época até hoje. O proibido e o criminoso provocado pelo coração, no subsolo das emoções. Era um desvelo de sentimentos em suas palavras. Isso sempre me encantou nele. Como não ficar encantada por alguém que diz:
"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até ao fim."
- Os Irmãos Karamazov -
"Se a tragédia grega buscava a “katarse” dos seus heróis e do público que a presenciava, nas obras do grande escritor seu correspondente é a “confissão”, que leva, por meio da humilhação, à purificação da alma. Logo, o mundo trágico de Dostoiévski é um mundo de dor, no qual todos sofrem, quer na doença, quer na miséria, quer nas injustiças sofridas, em decorrência de suas paixões.
A sensualidade amorosa, por ser paixão, nunca é um sentimento doce, terno e harmonioso; pelo contrário, muitas vezes ela é uma tentação monstruosa que, ao invés de conduzir à felicidade, conduz à loucura e à ruína da personalidade. Sofre-se por tudo isso, muitas vezes ao mesmo tempo, e serão as dores e os sofrimentos que resgatarão do mal e do pecado os personagens, libertando-os."
Dostoiévski desperta em mim por uma transferência atravessada apenas pelas palavras, será possível isso?
Pós morte?
Pois é assim mesmo.
Ele parecia (parecer) conhecer o coração humano como ninguém, desde sua época até hoje. O proibido e o criminoso provocado pelo coração, no subsolo das emoções. Era um desvelo de sentimentos em suas palavras. Isso sempre me encantou nele. Como não ficar encantada por alguém que diz:
"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até ao fim."
- Os Irmãos Karamazov -
"Se a tragédia grega buscava a “katarse” dos seus heróis e do público que a presenciava, nas obras do grande escritor seu correspondente é a “confissão”, que leva, por meio da humilhação, à purificação da alma. Logo, o mundo trágico de Dostoiévski é um mundo de dor, no qual todos sofrem, quer na doença, quer na miséria, quer nas injustiças sofridas, em decorrência de suas paixões.
A sensualidade amorosa, por ser paixão, nunca é um sentimento doce, terno e harmonioso; pelo contrário, muitas vezes ela é uma tentação monstruosa que, ao invés de conduzir à felicidade, conduz à loucura e à ruína da personalidade. Sofre-se por tudo isso, muitas vezes ao mesmo tempo, e serão as dores e os sofrimentos que resgatarão do mal e do pecado os personagens, libertando-os."
- Carlos Russo Jr.
"Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos seus
amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos , mas apenas a si próprio, e assim mesmo, em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio, e, em cada homem honesto, acumula-se um número bastante considerável de coisas no gênero".
- Memórias do subsolo -
- Memórias do subsolo -
E vejam bem, Freud, nesta época, tinha apenas oito anos de idade!!!!!
Dostoiévski nos conduz aos conflitos mais cruéis da alma, nos hipnotiza com as paixões e suas relações apaixonadas escritas em seus livros. Tal e qual teatro grego.
Descreve o ambiente em seus detalhes, nos colocando dentro do livro e ali, as paixões nos envolvem em suas situações de conflito. Nos consome com suas palavras. Ele transcende as palavras e nos posiciona em sua polifonia dramática.
Pessoas queridas, amo este homem! Um conservador, liberal e profundamente humanista ao promover o amor ao próximo, expressando a compaixão pelos fracos e oprimidos e pela redenção dos degradados sociais. Ao mesmo tempo, satirizou e ridicularizou as vaidades, a corrupção social e a mediocridade das altas rodas.
Esse moço pode desagradar a muitos, mas amim só encanta.
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