Por favor, não me venham com verdades sobre a vida. Quem fala verdades não sabe o que diz.
Por favor, não me venham com perguntas sobre o que sinto, quem pergunta isso, nunca soube o que sentiu.
por favor, não me venham com frases feitas de que tudo vai dar certo. Nada dá certo. Quem fala isso, vive de ilusão. (tá pior que eu)
Por favor, não me venham com palavras em tons fortes, porque nunca sentiram o grito silencioso de uma alma em sofrimento.
Viver com anestesiantes de sentimentos, esse é meu destino. Tudo o que sinto precisa ser anestesiado.
Não me venham com pedidos de ajuda, ando cansada de ajudar os outros. Preciso ajudar minha a dor a morrer, ou a mim mesmo.
Se possível, peço a todos que esqueçam de mim.
Não vou mais a lugar algum, não esperem de mim o que até então estava oferecendo.
Não me venham com conselhos. DETESTO!
Cuidem de sí. Mintam para si mesmos, não para mim. Não compactuo mais com nada, nem mentiras e muito menos verdades.
Gosto de ler Clarice quando diz sobre sua mãe (para mim é sobre meu pai)
“(...) fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe (não curei meu pai). E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança. Mas eu, eu não me perdôo.”
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