sábado, 29 de dezembro de 2012

Confissão

Final de ano, fim de um tempo, fim...
Isto me leva a pensar que é necessário que faça eu certa confissão. A única possível neste momento, as outras confissões, muitas por sinal, não posso fazer a ninguém. Alguns segredos meus guardarei para sempre comigo e ninguém saberá, nem mesmo quem pensa que sabe...

Bem, confesso: acabou

Acabou-se um tempo em que vivi de sonho, ilusão, sedução. 
Ou melhor, acabou-se uma vida.

Agora deve começar outra. Sei lá como, mas deve começar...
Mais madura, mais ponderada, mais pensada e menos sentida (será possível?), mas amorosa e menos fogosa, mais querida e menos desejada.... Sim. Nunca pensei em dizer isso, mas assim deve ser.
Morreu o fogo, começa a bonanza... Será a idade da maturidade? não sei, mas espero não perder a vontade de escrever, de desenhar, de tocar, de cantar...

O resto?

Esse acabou... Acabaram-se as aulas, os dias de brincadeiras e experimentação, como dizia eu há dois anos atrás.... "Preciso expewrimentar o que nunca vivi"
Então, me estrepei, pois cada coisa deve ser vivida no seu tempo e eu vivi em tempos diferentes, fora do tempo certo.... Minha adolescência resolveu tardar-se a chegar e isso tornou-se um problema prá mim, prá mais ninguém.

Não gostaria que minha filha amadurecesse assim, prefiro que viva cada coisa no seu tempo apropriado. O que vivenciei foi bom, mas sobrou uma dor insuportável, deixou-me paralisada por certo tempo. Mas...

Acabou... A dor continua, essa  meu peito não a larga, mas trata-se de uma questão de costume. Ela doi, eu sinto e mando a informação prá ela: pode doer, sou mais forte que tu... Aguento, afinal, falta pouco para o fim...

Confesso quase....

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