Sinto uma tristeza que me consome. Que dói no corpo e na mente. Queria que o mundo fosse diferente, menos dolente... Queria que as distâncias não existissem, e que o vento fosse sempre amigo trazendo prá perto só o que o afeto deseja.
Sinto a tristeza no meu braço, no braço direito. Quanto mais choro, mais a dor mostra que ali é seu lugar. Construiu sua casa, enraizada no medo. Os alicerces não são duráveis, pois em mim o medo não é durável, apenas uma aquisição momentânea em pensar-me incapaz de reinvestir em mim o que saiu sem eu saber...
Por que a dor existe? Por que o amor não se faz?
Por que choramos e por que vivemos tão longe do coração?
Prá nada mesmo...
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Um encanto de passeio
Na floresta encantada, num encontro entre caminhos, não existe encruzilhada... Só o passeio enamorado de palavras e carinhos. A cada passo uma emoção de mão dadas que deixa na espreita a voz tímida do entardecer no coração.
Para a foto da Natália
Um banco de praça longe da praça.
Cheio de ausências e vazio de presenças, mora na minha memória, nos fundos de minha casa.
Gosto de banco de praças.
Cheio de ausências e vazio de presenças, mora na minha memória, nos fundos de minha casa.
Gosto de banco de praças.
Cris Anvago
Eu sou a voz
Tu a palavra
Eu sou o sorriso
Tu és o riso
Eu sou o olhar
Tu maravilhosa paisagem
Eu sou sentimento
Tu emoção
Eu sou amor
Tu és paixão
Eu sou letra
Tu és canção
Tu a palavra
Eu sou o sorriso
Tu és o riso
Eu sou o olhar
Tu maravilhosa paisagem
Eu sou sentimento
Tu emoção
Eu sou amor
Tu és paixão
Eu sou letra
Tu és canção
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
V. de M
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Lenine
“Tá cansada, senta. Se acredita, tenta. Se tá frio, esquenta. Se tá fora, entra. Se pediu, agüenta. Se sujou, cai fora. Se dá pé, namora. Tá doendo, chora. Tá caindo, escora. Não tá bom, melhora. Se aperta, grite. Se tá chato, agite. Se não tem, credite. Se foi falta, apite. Se não é, imite… Se é do mato, amanse. Trabalhou, descanse. Se tem festa, dance.
Se tá longe, alcance. Use sua chance.”
Se tá longe, alcance. Use sua chance.”
José Pacheco (Para os filhos dos filhos dos nossos filhos)
"Qualquer criança sabe que o tempo não existe, que é mera invenção dos homens. O tempo não é mais que uma sucessão interminável de bateres de corações alimentados por gestos de ternura. Os seres humanos que são crianças crescidas renascem atodo momento. Cada manhã é mais um pretexto para recomeçar.
Ritualizar o crepúsculo de cada dia, ou o primeiro segundo de um novo ano, tanto faz! Uma criança lendo um livro, ou uma criança mais crescida escutando uma suíte de Bach, tanto faz! São gestos de todos os dias, que restituem aos dias que despontam ou cessam o suave mistério da vida sem tempo calculado"
Ritualizar o crepúsculo de cada dia, ou o primeiro segundo de um novo ano, tanto faz! Uma criança lendo um livro, ou uma criança mais crescida escutando uma suíte de Bach, tanto faz! São gestos de todos os dias, que restituem aos dias que despontam ou cessam o suave mistério da vida sem tempo calculado"
Apenas um comentário
A virtualidade faz tudo parecer tão perto, o mundo parecer tão pequeno, tantas pessoas que conheço, se 'conhecem'... Uma proximidade virtual que ilude a mente e o coração. Ou torna real a ilusão... tanto faz, de qualquer forma fragiliza a esperança da proximidade real, de hoje em diante (como diz Caetano) ... até para sempre.
Ensinamento para a vida que resta
"Transformar todo 'Foi assim' em um 'Assim eu o quis!"
- Nietzsche em Assim falou Zaratustra (lido, relido e não sei se compreendido)
- Nietzsche em Assim falou Zaratustra (lido, relido e não sei se compreendido)
Sobre a vida (apenas uma digressão...) -
conselho para uma grande amiga:
Subitamente, entre uma palavra e outra, as canções terminam, perdem o sentido de existir. Subitamente é preciso desistir... O temporal foi forte demais, as ventanias arrasaram grande parte da vida, dentro e fora. O desejo de que coisas boas aconteçam e fiquem para sempre faz parte de nós, mas, nem sempre é assim. Mágoas aparecem, decepções se edificam e permanecem, talvez para sempre, talvez até não. Ser audaz deve trazer consigo de carona a coragem e a sabedoria de lidar com as consequências. Quando não é assim, pronto: colapso, vazio, obscuridade... Uma história de cada vez, um conto de fadas por vez. Ainda bem que no final tem o 'felizes para sempre', mesmo ilusão, faz bem para uma alma que enxerga que na vida é possível brincar...
E muito.
Subitamente, entre uma palavra e outra, as canções terminam, perdem o sentido de existir. Subitamente é preciso desistir... O temporal foi forte demais, as ventanias arrasaram grande parte da vida, dentro e fora. O desejo de que coisas boas aconteçam e fiquem para sempre faz parte de nós, mas, nem sempre é assim. Mágoas aparecem, decepções se edificam e permanecem, talvez para sempre, talvez até não. Ser audaz deve trazer consigo de carona a coragem e a sabedoria de lidar com as consequências. Quando não é assim, pronto: colapso, vazio, obscuridade... Uma história de cada vez, um conto de fadas por vez. Ainda bem que no final tem o 'felizes para sempre', mesmo ilusão, faz bem para uma alma que enxerga que na vida é possível brincar...
E muito.
Uma lágrima para mim
Hoje as lágrimas caem
Consomem meu ser
Perdi o que não tinha
Não quero mais, nada ter...
Consomem meu ser
Perdi o que não tinha
Não quero mais, nada ter...
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Investimento
Investi amor
e
Nem sabia
Roleta russa
me
Pegou
Sem nada
fiquei
Não quero
mais
Pode chamar
Isso
não
Se faz
Nada
Hoje não sinto vontade nem de escrever. Forço as situações e sei que só causa estrago maior ainda. Estou esvaziada de palavras. Como se a música fosse minha única saída. Investi afeto em algo que não existe mais. Talvez nunca existiu e só eu que não enxergava. Cega estava.
Alguém aí sabe onde encontro foste de reinvestimento? Não sei mais como. Abre-se um vão tão grande dentro de mim que tenho receio de cair nele... Chego a desenhá-lo de tão presente e claro mostra-se a mim. Tem voz, uma linda e sedutora voz que me chama.
Porém, tenho nestes dias, observado e sentido mais a natureza. Percebo que nela há força que revigora, sinto sua energia no vento, na lua, nos animais... Preciso achar uma forma, seja nisso, seja na arte.
Hoje a Arte parece tão longe... Nem ela me segura, estou pesada demais apenas de ar, de vazio, de nada...
Alguém aí sabe onde encontro foste de reinvestimento? Não sei mais como. Abre-se um vão tão grande dentro de mim que tenho receio de cair nele... Chego a desenhá-lo de tão presente e claro mostra-se a mim. Tem voz, uma linda e sedutora voz que me chama.
Porém, tenho nestes dias, observado e sentido mais a natureza. Percebo que nela há força que revigora, sinto sua energia no vento, na lua, nos animais... Preciso achar uma forma, seja nisso, seja na arte.
Hoje a Arte parece tão longe... Nem ela me segura, estou pesada demais apenas de ar, de vazio, de nada...
Assinar:
Postagens (Atom)