domingo, 8 de dezembro de 2013

Sobre a vida

Vivemos como se o tempo nos fosse inesgotável. Desperdiçamos palavras ao vento, como se fossem cabíveis de sentido. Deixamos passar momentos importantes, momentos que poderiam resultar em inesquecíveis histórias por medos ou ansiedades. Erramos. Temos escolhas, mas nem sempre nossas ações condizem com os desejos. Eis nossa relação com o real. O sonho tenta, o real impossibilita, acha seus desvios e as pontes caem.
Assim é a vida e temos que aceitar que assim é... Sem prejuízos de tentarmos de novo e de novo... 
O perigo está em conservarmos os sentimentos de mágoa e rancor. Não ajuda, tampouco resolve coisa alguma. O sofrimento fica hiperdimensionado e as tristezas passam a ser o comum.
Desejo que neste fim de tantas coisas, mais uma vez, fim de um ano, fim de trabalhos, fim de palavras, as pontes se reconstruam e mantenham vivo os bons sentimentos em todas as pessoas. Desejo que a vontade de viver perto seja maior que os momentos que temos com ganas de fugir, sumir, ir prá longe, desistir de continuar... tenho sempre muito isso, vontade de desistir de tudo, muitas vezes no ano, no mês, no dia... Mas neste momento da minha vida não posso. por isso não somos e não temos que considerar-nos totalmente livres, não somos. Precisamos nos encaixar em regras morais para conseguirmos viver socialmente, sermos valorizados e as pessoas apreciarem o que fazemos, é preciso.
Liberdade... é ilusão, porém, podemos fazer da ilusão um jeito de viver diferente, na realidade.
Como a música, ela existe, mas que consegue tomá-la pára sí? ninguém, nem mesmo seu próprio autor.
Deixemos a vida assim...

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