Quando chegamos ao final do ano, o mundo inteiro fala sobre o que aconteceu ou não, o que se fez e o que não se fez, e assim por diante...
Não consegui escapar, mesmo achando que não só nos finais de ano que devemos fazer isso, mas todos os dias. É um bom exercício.
Quando pequena o praticava todas as noites, antes de dormir, para não repetir os 'erros' daquele dia. Era uma forma que estrategicamente encontrei para dormir melhor e manter a esperança de conseguir o que almejava: o olhar de um menino que gostava, a alegria das amigas, a vitória no próximo jogo de voley, pensar em deixar meus pais mais contentes comigo...
Passaram-se os anos e fui perdendo esse hábito. Fui conhecendo pessoas que, imaginava eu que elas não davam importância, ou eu não dava importância a elas, e assim, não seria mais necessário pensar muito sobre o que era dito e feito, todos os dias, só de vez em quando. Afinal, não faria muita diferença... Alguns bons anos correram assim, construindo-se relacionamentos sem percebermos os pequenos detalhes, deixando as amorosidades de lado, esuqecendo-nos dos beijos de 'oi' e 'tchau'... Que coisa...
Agora, escrevendo sobre isso, não é um absurdo?
Devemos ser melhores para nós mesmos e não para os outros, mas só a maturidade, a experiência que cavoca a mente de tal forma a nos permitir enxergar melhor.
Sobre os dias e horas deste ano que finda, muitos momentos poderiam ter sido diferentes, mais aproveitados, mais felizes, menos doloridos. Gostaria de voltar uns meses atrás... Teria aproveitado muito mais o que realmente queria, teria sido menos ansiosa e mais madura, menos burra e mais perspicaz...
Não posso voltar...
Que pena...
Estão vendo como perdemos oportunidade de sermos felizes por alguns minutos que sejam?
Não importa. Continuo amando, continuo investindo no que meu desejo manda, com menos medos e anseios, com mais vontade ainda de viver horas felizes e não mais, há muito tempo, feliz para sempre.
Construí vínculos do jeito que eu gosto, do jeito que sou, verdadeira, sem artimanhas de palco, como estamos todos aconstumados.
Se foi assim para os outros, não sei... Mesmo achando que não, a esperança de pensar que sim, que foram de verdade, que a comunicação por sensações aconteceu no real, nunca se esvairá. Posso eu me transformar em pó, mas não a esperança que carrego dentro, amarrada ao coração e a mente, que seria impossível pensar em esquecer tudo o que aconteceu.
Nunca aconselharia alguém a esquecer, mesmo as dores. Devemos aceitá-las, e isto não é fácil. Já que não é fácil, esse é o caminho a ser escolhido. As minhas escolhas sempre se basearam nesse critério: é mais fácil assim? Então farei do outro jeito.
Pois, meu coração ainda bate com ansiedade, com amor, com paixão. Este é um sinal que devo continuar a viver e a fazer do jeito que sou e sinto a vida e as pessoas.
Assim será até sentir que a vela está perdendo força. A minha vela. Logo saberei disso. Será o momento de outra escolha, e das mais difíceis...
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Ponto de Vista - Letras 3 - Casuarina
"Do ponto de vista da terra quem gira é o sol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista do mar quem balança é a praia
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia,
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final"
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia,
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final"
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Amar é sempre desajeitadamente Amar
Pensando naquela história em que alguém pergunta a outro alguém se vale à pena amar já que tudo acaba, as pessoas se vão e a vida termina, ocorreu-me o seguinte:
Começa que a pergunta já não caberia, pois quem faz uma pergunta assim, já ama, não pois?
Então...
Amemos sempre e com toda a intensidade possível.
Amemos tudo e a todos.
Amemos o que fazemos, com quem convivemos.
Amemos do nosso jeito, pode ser com um olhar silencioso, pode ser com palavras exageradas, ou até com silêncios eloquentes...
Não importa...
Apenas, amemos!
Quando alguém que amamos se vai, aceitemos com um coração suave e permitamos que o amor que nos foi oferecido gentilemente tome espaço dentro de nós. Assim que as pessoas continuam em nós, com seus olhares de vida, com suas palavras de ensinamentos e de carinho, mesmo que o tempo suavize a dor. Pelo menos nisso ele é um bom companheiro...
Ame quando perto ou quando longe, mas ame...
Ame sem ou com...
Apenas ame, pois a música que corre nas veias de quem ama é a música de harmonia perfeita, com dissonâncias e consonâncias...
Afinações ou desafinações ...
Com erros e acertos ...
Ame, com palavras, ou gestos ou apenas um olhar, um sorriso, um carinho, uma música ...
Apenas
Ame!
Começa que a pergunta já não caberia, pois quem faz uma pergunta assim, já ama, não pois?
Então...
Amemos sempre e com toda a intensidade possível.
Amemos tudo e a todos.
Amemos o que fazemos, com quem convivemos.
Amemos do nosso jeito, pode ser com um olhar silencioso, pode ser com palavras exageradas, ou até com silêncios eloquentes...
Não importa...
Apenas, amemos!
Quando alguém que amamos se vai, aceitemos com um coração suave e permitamos que o amor que nos foi oferecido gentilemente tome espaço dentro de nós. Assim que as pessoas continuam em nós, com seus olhares de vida, com suas palavras de ensinamentos e de carinho, mesmo que o tempo suavize a dor. Pelo menos nisso ele é um bom companheiro...
Ame quando perto ou quando longe, mas ame...
Ame sem ou com...
Apenas ame, pois a música que corre nas veias de quem ama é a música de harmonia perfeita, com dissonâncias e consonâncias...
Afinações ou desafinações ...
Com erros e acertos ...
Ame, com palavras, ou gestos ou apenas um olhar, um sorriso, um carinho, uma música ...
Apenas
Ame!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Pensamentos - Letras 2
Pensamentos que me afligem
Sentimentos que me dizem
Dos motivos escondidos
Na razão de estar aqui
As perguntas que me faço
São levadas ao espaço
E de lá eu tenho todas
As respostas que eu pedi
Quem me dera que as pessoas que se encontram
Se abraçassem como velhos conhecidos
Descobrissem que se amam
E se unissem na verdade dos amigos
E no topo do universo uma bandeira
Estaria no infinito iluminada
Pela força desse amor, luz verdadeira
Dessa paz tão desejada
Pensamentos ...
E eu penso nas razões da existência
Contemplando a natureza nesse mundo
Onde às vezes aparentes coincidências
Têm motivos mais profundos
Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas
Pensamentos ...
(R.C.)
Sentimentos que me dizem
Dos motivos escondidos
Na razão de estar aqui
As perguntas que me faço
São levadas ao espaço
E de lá eu tenho todas
As respostas que eu pedi
Quem me dera que as pessoas que se encontram
Se abraçassem como velhos conhecidos
Descobrissem que se amam
E se unissem na verdade dos amigos
E no topo do universo uma bandeira
Estaria no infinito iluminada
Pela força desse amor, luz verdadeira
Dessa paz tão desejada
Pensamentos ...
E eu penso nas razões da existência
Contemplando a natureza nesse mundo
Onde às vezes aparentes coincidências
Têm motivos mais profundos
Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas
Pensamentos ...
(R.C.)
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Canção de Verão - letras - 1
É como um sol de verão
Queimando no peito
Nasce um novo desejo
Em meu coração
É uma nova canção
Rolando no vento
Sinto a magia do amor
Na palma da mão
É verão!
Bom sinal!
Já é tempo
De abrir o coração
E sonhar...
Queimando no peito
Nasce um novo desejo
Em meu coração
É uma nova canção
Rolando no vento
Sinto a magia do amor
Na palma da mão
É verão!
Bom sinal!
Já é tempo
De abrir o coração
E sonhar...
Hoje é Natal!
Hoje, de algum lugar.
Longe destas terras
Um olhar especial de alguém especial
... De distantes origens
Um olhar de um justo coração
Que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem jugos, sem conceitos,
Sem prisões
Hoje como ontem
Longe destes céus
Há um encantado olhar só para você
Nesse olhar, nesse fitar.
Vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar a vida
E a esperança
De dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você.
Alguém que já o amou muito
E ainda o ama
Diz para você que valeu a pena
Ter estado nestas terras
Sob estes céus
Falando de união, paz, amor e perdão.
Só para você saber
Que hoje é Natal
E poder sentir a força
Que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar
Iniciou para você!
Paulo Kronemberger
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
UM BRINDE!
Pois creio que merecemos um brinde, todos nós!!
Aos erros e aos acertos
Aos sentidos e ao que sentimos
Ao Sol e à Lua
Ao mar e ao ar
Um brinde à vida e à morte
Aos abraços e des-abraços
Aos beijos e à falta deles
Aos que se encontraram
Mas também aos que se des-encontraram
A todos que desejaram
E aos que sonharam
Ao que aprendemos
E ao que esquecemos de viver
Um brinde!!
Aos meus amigos de perto
E àqueles de longe, que tão perto parecem...
Um brinde aos meus amores
Um brinde aos começos e aos finais
Aos Prelúdios e interlúdios
À música
À pintura
Às palavras que nos substituem
Um brinde a ti
A ele e a ela
Um brinde à nós
Em especial...
Um brinde a mim!
Quem quiser fazer um brinde, faça-o aqui...
Aos erros e aos acertos
Aos sentidos e ao que sentimos
Ao Sol e à Lua
Ao mar e ao ar
Um brinde à vida e à morte
Aos abraços e des-abraços
Aos beijos e à falta deles
Aos que se encontraram
Mas também aos que se des-encontraram
A todos que desejaram
E aos que sonharam
Ao que aprendemos
E ao que esquecemos de viver
Um brinde!!
Aos meus amigos de perto
E àqueles de longe, que tão perto parecem...
Um brinde aos meus amores
Um brinde aos começos e aos finais
Aos Prelúdios e interlúdios
À música
À pintura
Às palavras que nos substituem
Um brinde a ti
A ele e a ela
Um brinde à nós
Em especial...
Um brinde a mim!
Quem quiser fazer um brinde, faça-o aqui...
domingo, 18 de dezembro de 2011
de que adianta?
Na hora da raiva rasgo o verbo,
depois esqueço tudo
e invento um pretexto
prá tentar refazer
o foi desfeito.
depois esqueço tudo
e invento um pretexto
prá tentar refazer
o foi desfeito.
sábado, 17 de dezembro de 2011
V.de M.
(...)
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto
Divenne triste colui che era amante
E solo colui che era soddisfatto
Divenne l'amico intimo distante
La vita diventò avventura errante
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto.
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto
Divenne triste colui che era amante
E solo colui che era soddisfatto
Divenne l'amico intimo distante
La vita diventò avventura errante
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Um grito no nada
Não estou conseguindo gritar...
Meu grito está abafado, congestionado, amarrado, pendurado. Nem sempre é possível dizer o que o coração envia, portanto guardo meu grito agora.
Antes que me sufoque, eu o sufocarei primeiro.
Afinal, onde estou que às vezes não sei ser do jeito que penso ser, oras... ? Num mundo onde as pessoas mostram-se de um jeito que não pareciam ser, ou será que realmente somos assim? Tão ... inesperados que nos surpreendemos com tantas coisas... com tantas pessoas.
Desconheço-me neste momento ...
O que fiz até hoje?
Nada... Isso mesmo...
Nada
Apenas vivo.
Portanto, não há motivos para gritar.
Meu grito está abafado, congestionado, amarrado, pendurado. Nem sempre é possível dizer o que o coração envia, portanto guardo meu grito agora.
Antes que me sufoque, eu o sufocarei primeiro.
Afinal, onde estou que às vezes não sei ser do jeito que penso ser, oras... ? Num mundo onde as pessoas mostram-se de um jeito que não pareciam ser, ou será que realmente somos assim? Tão ... inesperados que nos surpreendemos com tantas coisas... com tantas pessoas.
Desconheço-me neste momento ...
O que fiz até hoje?
Nada... Isso mesmo...
Nada
Apenas vivo.
Portanto, não há motivos para gritar.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Ilusão de ter é saber que nada existe
Nada fácil é desfazer-se de uma ilusão. É como um segredo que é preciso revelar-se, uma ligação secreta com algo fantasma que precisa desligar-se.
Difícil de entender?
Não
Explico da seguinte forma: Internamente idealizo algo que não está em mim, pois o que está em mim é a idealização gigantesca de um 'objeto fantasma', pode-se assim dizer. Busco fundir-me a ele, busco ligar-me a ele de tal forma a não sentir a dor da perda, a enorme dor de não ter mais, o que na real nunca foi tido. Porém, ao agarrar-me a ele sinto-me mais forte. Isto tudo para me defender de uma realidade que não tolero, pior que isso, submeto-me a essa ilusão... Sim. Uma ilusão de 'estar mais forte'. Amarro-me a ela até saturar a mim própria.
Narcisismo?
Pode ser... Mas quem nunca sentiu-se assim?
Saber a linha limítrofe entre a fusão e o que não pode ser, só a experiência vivida para explicar. E se esta experiência vier de alguém que enxerga a vida como possibilidades factíveis de afeto, incentiva e estimula a fusão.
E depois? O que fazer? Não me sinto como vítima, mas como agente, pode isso?
O processo de simbolizar a vida prá mim é tão...fácil. Não entendo os motivos pelos quais isso não me facilita nos momentos de desapego. Só me desapego de uma forma: afastando-me definitivamente. Para sempre.
Depois de iludir-me que algo tenho, dou-me conta que nada existe...
Impossível fugir da desilusão.
Bom?
Que nada!
A única conclusão que chego é que querer, desejar, isso é tudo ilusão. Ninguém tem coisa qualquer, apenas pensa que tem ou que pode vir a ter.
Difícil de entender?
Não
Explico da seguinte forma: Internamente idealizo algo que não está em mim, pois o que está em mim é a idealização gigantesca de um 'objeto fantasma', pode-se assim dizer. Busco fundir-me a ele, busco ligar-me a ele de tal forma a não sentir a dor da perda, a enorme dor de não ter mais, o que na real nunca foi tido. Porém, ao agarrar-me a ele sinto-me mais forte. Isto tudo para me defender de uma realidade que não tolero, pior que isso, submeto-me a essa ilusão... Sim. Uma ilusão de 'estar mais forte'. Amarro-me a ela até saturar a mim própria.
Narcisismo?
Pode ser... Mas quem nunca sentiu-se assim?
Saber a linha limítrofe entre a fusão e o que não pode ser, só a experiência vivida para explicar. E se esta experiência vier de alguém que enxerga a vida como possibilidades factíveis de afeto, incentiva e estimula a fusão.
E depois? O que fazer? Não me sinto como vítima, mas como agente, pode isso?
O processo de simbolizar a vida prá mim é tão...fácil. Não entendo os motivos pelos quais isso não me facilita nos momentos de desapego. Só me desapego de uma forma: afastando-me definitivamente. Para sempre.
Depois de iludir-me que algo tenho, dou-me conta que nada existe...
Impossível fugir da desilusão.
Bom?
Que nada!
A única conclusão que chego é que querer, desejar, isso é tudo ilusão. Ninguém tem coisa qualquer, apenas pensa que tem ou que pode vir a ter.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Não quero mais que o dado
Do que quero renego, se o querê-lo
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Bem... O vazio
"O desejo enquanto real não é da ordem da palavra e sim do ato." Isso foi Lacan
"Lenta é a experiência de todos os poços profundos:
longamente têm de esperar, antes de saberem o que caiu em seu fundo."
E isso, foi Nietzsche
As questões sobre o desejo humano andam me tirando do sério...
Desejo - marca singular do humano no Ser.
Muito falamos nisso - satisfazer a necessidade para realização do desejo e logo a perda do objeto real, chegando à perda do objeto no qual seria o Outro - objeto de Amor.
Será que daria prá aprender a viver de forma menos sofrível?
Será que haveria ao menos uma esperança de sentirmos menos dor?
Será que haveria ao menos uma esperança de sentirmos menos dor?
"A fantasia é a sustentação do desejo, não é o objeto que é a sustentação do desejo" - Lacan, de novo. Esse me deixa doida... Pensem comigo: Impossível voltar ao momento originário de satisfação, e aceitar a Coisa (das Ding).
Portanto, o encontro com esse Real seria a morte. O vazio seria impossível de ser preenchido?
Que nada... Preencho o vazio que sinto com música, com amizades, com alegria, com criatividade, com palavras, com desenhos, com beijos, com olhares, com as pequenas e simples coisas de se viver.
Ah! Como esquecer... Tudo acaba, Oh!!! Sim, acaba... Mas preencho de novo, oras...
É preciso dormir para acordar. É preciso esvaziar para renovar. E isso fui eu...
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