segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pensar menos

O movimento é definitivamente imprescindível para a vida, para ver-se no viver com outros. Para sempre só no nada. Então, quem sou para estar aqui escrevendo neste momento? 
Bem, alguns dizem que para saber quem somos basta olharmos para o passado, nossos atos, nossa história de vida. Ações, diferente do que se diz... Será?

Acabo sempre na dúvida, oras...Se fui de um jeito, fiz, pensei e agi... Isso determina o que virá? Então, onde fica o movimento de transformação?


Já me disseram que devo pensar menos, acho que essa talvez possa ser uma saída, já que melhor é deixar espaço no cérebro para criar, brincar e divertir-se com a vida, com as coisas bobas que fazemos, pensamos e falamos...


Alguém disse:
"Não tente me entender, 
se nem eu mesma posso 
me compreender. 
Apenas caminho e tiro
de cada gota de vida 
o que preciso para viver".


Mesmo assim...Tenho uma necessidade enorme de me entender...
Quero buscar lá nas profundezas da minha alma, a essência que deve passear por ali...
Quero sorrir e cantar, por costume, daqueles que nos deixam mal acostumados, mesmo.
Quero poder acordar bem com o mundo, e saber administrar a vida que sai de  dentro de mim...

Talvez eu seja o que gostaria que vissem em mim, mas ninguém consegue (eu acho). Afinal, sou o que está lá atrás, na história da criança que fui, as bobagens que falei, os beijos que dei, as reuniões dançantes que fui sem meu pai saber...


Sou o que canto, tudo o que canto. Sou o que sinto, tudo o que sinto. 
Sou o que faço, tudo o que faço.
Isso mesmo, assim sou eu.


Sem esquecer que ainda tenho carne, ossos e músculos. Tudo junto significa força, com riso, choro, raiva e paixões, muitas, por tudo e por todos.


Desejo só respirar, cantar, desenhar, tocar piano, deixar fluir...
Cada minuto...Cada segundo que vivo.
Desejo compreender a vida...
Sentindo cada dia como se fosse meu último dia.



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Inspiração

De uns tempos prá cá tenho tentado sentar e escrever. 
Não tenho conseguido mais. Foi assim com o piano... 
Agora, se deixar de escrever algo me acontecerá. 
As Palavras fogem de mim, em qualquer língua. 
A tristeza tem me absorvido de tal forma que fechou os poros, nada mais a receber. 
Como faço reverter essa situação?

Preciso trabalhar, estudar, cuidar da casa, conversar com minha filha, e muito, e a vontade de escrever se foi...O piano está fechado.

Recomeçar é um bom começo. Recomeçar a olhar outras coisas, a ter outros focos de atenção, preciso de inspiração...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Desabafo para mim mesmo

Pois preciso escrever um pouco mais e dizer que é assim que tem que ser.

Não nos veremos mais. Não conversaremos mais.

Não escreverei mais, só para mim.

Tenho vontade de gritar por todos os poros de raiva.

É uma raiva de mim mesmo, por ser tão infantil e sonhar como uma criança.

Não sou mais criança, portanto...

Não sonho mais.

Sou ciumenta, sim... E daí?

Despeço-me de um sentimentro que foi muito bom.

É para esquecer?

Esqueci...

Palavras para os próximos dias

Não posso mais (será?)
Joguei o pano
Cansei (aulas de flamenco)
Perdi (quem escrevedu isso aqui?)


Passou (hahahaha)
Acabou (que nada)


Pensar (acho que muito pouco)
Trabalhar (muito)
Estudar (sempre)
Esquecer (só coisas que me fizeram mal)


Quanto tempo vou levar? 
Não sei (boa essa)
É o que menos importa,
Agora... (excelente)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Song to the Moon

Do compositor Tcheco Antonin Dvorak (1841-1904) em sua ópera Rusalka, esta linda Ária é pura emoção. Penúltima ópera de sua vida, traz à tona as lendas (folclore, cultura da Tchecoslováquia no palco). Reforçando o nacionalismo daquela região, hoje República Tcheca, e perto da Natureza e toda sua mística, a paz e a plena existência humana são traduzidas através das ornamentações que lembram Wagner. O lirismo aparece na harmonia profunda e na 'visualização sonora' de uma floresta, da natureza em sua presença mais pura possível e mágica.
Sentimos a calma do luar, através da sonoridade.

É realmente divina!!!


O Espírito do Lago, Jezibab, está admirando o canto das ninfas do bosque quando sua filha, uma sereia chamada Rusalka, aproxima-se triste. Ela canta assim:

Oh lua alta no céu profundo,
sua luz avista regiões distantes,
você viaja pelo vasto, vasto mundo examinando os lares;
Oh lua, pare por um momento,
diga-me, oh diga-me, onde está o meu amado?
Diga-lhe, oh lua de prata no céu,
Que o abraço fortemente,
Que ele deve, pelo menos por um momento,
lembrar destes sonhos!
Ilumine esse local distante
diga-lhe, ah diga-lhe, quem o espera aqui,
Se ele comigo estiver a sonhar,
que esta memória o faça acordar!
Oh lua, não desapareça, não desapareça!




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Que tempo é este?

Não sei...
Desconfio que não sou deste tempo.
Cheguei atrasada para o futuro e adiantada ao passado que tanto me identifiquei.

Que tempo será este que desconecta a mente das ações razoáveis e sensatas?

Que tempo será este que sensibiliza o coração de um extremo ao outro, cerceando a liberdade do que parecia permitir ser possível usufruir de um livre-criar, livre-imaginar, livre-desejar, e que hoje não é mais.

A ideia de liberdade pode confundir-se com a ilusão de ser livre. Porém, a própria experiência de ser livre, aprisiona de tal forma, que rodamos dentro dum círculo sem fim.
Muitos dizem-se sabidos e conhecedores de amar, de desejar, de criar e aprender pela própria experiência... 

O quê?

Não entendi...

Já ouvi que talvez espere mais do que é possível. Não. Não espero, apenas quero e pronto. O que tenho que esperar não é mais para mim, ou nunca foi.

Difícil entender o que se passa na mente de outros. Sei que o que é dito nem sempre é verdadeiro. É possível ler nas palavras, nas entrelinhas, nas atitudes.

É preciso aprender a só tentar entender e não participar deste entender.  
Como sempre, não tenho entendido quase nada do tudo que vejo, do tudo que sinto e do que vivo.

Será que o tempo todo é possível viver inverdades ou ilusões? Qual das nossas vidas, é a REAL?
Deixemos assim...

Que tempo é este, mesmo?