O movimento é definitivamente imprescindível para a vida, para ver-se no viver com outros. Para sempre só no nada. Então, quem sou para estar aqui escrevendo neste momento?
Bem, alguns dizem que para saber quem somos basta olharmos para o passado, nossos atos, nossa história de vida. Ações, diferente do que se diz... Será?
Já me disseram que devo pensar menos, acho que essa talvez possa ser uma saída, já que melhor é deixar espaço no cérebro para criar, brincar e divertir-se com a vida, com as coisas bobas que fazemos, pensamos e falamos...
Alguém disse:
"Não tente me entender,
se nem eu mesma posso
me compreender.
Apenas caminho e tiro
de cada gota de vida
o que preciso para viver".
Mesmo assim...Tenho uma necessidade enorme de me entender...
Quero buscar lá nas profundezas da minha alma, a essência que deve passear por ali...
Quero sorrir e cantar, por costume, daqueles que nos deixam mal acostumados, mesmo.
Quero poder acordar bem com o mundo, e saber administrar a vida que sai de dentro de mim...
Talvez eu seja o que gostaria que vissem em mim, mas ninguém consegue (eu acho). Afinal, sou o que está lá atrás, na história da criança que fui, as bobagens que falei, os beijos que dei, as reuniões dançantes que fui sem meu pai saber...
Sou o que canto, tudo o que canto. Sou o que sinto, tudo o que sinto.
Sou o que faço, tudo o que faço.
Isso mesmo, assim sou eu.
Sem esquecer que ainda tenho carne, ossos e músculos. Tudo junto significa força, com riso, choro, raiva e paixões, muitas, por tudo e por todos.
Desejo só respirar, cantar, desenhar, tocar piano, deixar fluir...
Cada minuto...Cada segundo que vivo.
Desejo compreender a vida...
Sentindo cada dia como se fosse meu último dia.