O ser humano busca completar-se através da escolha de um objeto idealizado, supervalorizado. As relações dos adultos tem tudo a ver com as experiências da infância. Acaba que tudo vira um fracasso, pois dá-se através de ilusões para atingir-se a tal felicidade.
Ideal de Eu, Eu ideal, pois está posto na mesa o narcisismo primário. Na formação do Ego é preciso um afastamento para que o sujeito passe a 'enxergar' diferentes possibilidades de amar e ser amado.
Para Freud, a idealização é um processo psíquico que diz respeito ao engrandecimento das qualidades e valores do objeto. Em determinados casos, pode ocorrer até mesmo uma elevação à condição de perfeição. (Meu Deus!!!)
Pode-se dizer que a supervalorização do objeto é que dá origem a paixão. Esta por sua vez, implica em um fluir da libido do Eu em direção ao objeto, acarretando com isto um empobrecimento libidinal do eu em detrimento do predomínio da libido objetal. Viver a vida causa sofrimentos e decepções ao ser humano e como tentativa de suportar tal sofrimento criam-se algumas medidas paliativas, que são: “derivativos poderosos, satisfações substitutivas e substâncias tóxicas”. (Adorei escrever isto aqui...)
Somos condenados ao sofrimento já que o nosso corpo é condenado à decadência, ao envelhecimento; forças esmagadoras do mundo externo que podem voltar-se contra nós além dos nossos relacionamentos com os outros homens. Põe sofrimento aqui...
Procuramos evitar o desprazer e o sofrimento e, por outro lado, desejamos viver sentimentos de intenso prazer. Loucura tudo isso, não pois?
Amar, uma possibilidade de cura na busca da tal felicidade. Porém, no auge deste sentimento, a linha de separação entre o Ego e o objeto no qual lhe é investido toda a energia libidinal, ameaça desaparecer...
Segundo Freud (1930) cada ser humano deverá descobrir por si mesmo qual o
caminho a ser seguido em busca da felicidade. Isso é uma questão de quanta satisfação real ele deve esperar do mundo externo, de até onde pode ser levado a fim de tornar-se independente dele, e, por fim, da quantidade de força disponível para alterar o mundo e adaptá-lo a seus desejos, bem importante esta condição.
É preciso coragem para assumir uma disposição para o sofrimento, o sofrimento causado por permitir-se 'sentir-se apaixonado', e muito mais quando é 'contra sua vontade'. A sensação de abandono é insuportável, mesmo que já a tenha vivido, sempre é como se fosse a primeira vez.
Perder o dito objeto amoroso, depois de um processo doloroso de luto, caso não ocorra uma fuga dos fatos reais, ocasiona a liberdade do Ego, li-ber-da-de, muito bom escrever esta palavra. Todo ser humano anseia por ser livre, eis aqui a liberdade. O alívio da dor é imediata...
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