Esquecer, ultimamente, tem sido um verbo presente em minha vida. Talvez, escrevendo sobre essa ideia que se grudou no pensamento, de esquecer coisas e situações e, mais ainda, pessoas, possa desviá-la do meu caminho.
Bem, esquecer algumas coisas, é importante, pois algumas coisas devem ser esquecidas. Nossa vida até o momento presente foi construída através de experiências vividas. Algumas destas experiências foram boas e outras não. Normal... Portanto, o caminho é esquecê-las, as não boas.
Mas, nunca totalmente. Se pudéssemos filtrar esses acontecimentos, permitindo que se transformassem em situações de aprendizagem, o que não é fácil, é preciso um certo distanciamento para tal, conseguiríamos nos fortalecer ao ponto de convivermos bem melhor conosco, com a vida, com os outros. Dar a devida distância, afastando-se para olhar 'de fora', vai dizer isso prá mim, pô!! E o aperto no estômago e na garganta... E a vontade de chorar muito...?
Por outro lado, algumas coisas parece que pedem para que sejam esquecidas. Situação delicada esta porque os limites de todos são diferentes, os níveis de tolerância são diferentes. Nos deixamos levar pela vida e depois queremos controlar o que já foi perdido. Atucanamos o mundo inteiro (atucano...) Sabe aquela história de pressa? Temos algo para fazer. Vamos com muita pressa... Mas vamos com tanta pressa que esquecemos de nos levar junto. Aí, meus amigos, nos perdemos no meio do caminho. Paramos e pensamos:
Onde estou? Para onde devo ir? Bom, ainda bem que tudo o que fiz na minha vida, de nada me arrependo a não ser do que foi adiado por tempo indeterminado.
Os esquecimentos corriqueiros do cotidiano, estes me desorganizam profundamente. Pessoas falam comigo e, dependendo do assunto...Já era.
Sobre as palavras... Minha saúde está nelas, pelo menos até então era minha convicção.
Onde estou? Para onde devo ir? Bom, ainda bem que tudo o que fiz na minha vida, de nada me arrependo a não ser do que foi adiado por tempo indeterminado.
Os esquecimentos corriqueiros do cotidiano, estes me desorganizam profundamente. Pessoas falam comigo e, dependendo do assunto...Já era.
Sobre as palavras... Minha saúde está nelas, pelo menos até então era minha convicção.
Pois não é que descobri que as palavras também podem nos esquecer? Elas, algumas vezes podem nos odiar, tanto quanto nos amar. E, sendo assim, também esquecem porque se magoam conosco, guardam alguns rancores.
Mesmo não querendo, nos deixamos levar pelo esquecimento delas. Quando vimos, ficaram pelo meio do caminho, assim como chaves... canetas... livros...
Não quero viver de esquecimentos... O vazio das palavras nada preenche, pelo menos para quem gosta delas. E gosto muito delas... Sei que hoje nada as trará de volta, não as mesmas palavras usadas nas mesmas situações, não. Compreendo, agora (e antes também, só não queria).Um olhar, um carinho na mão, um beijo até... será que são tão mais fortes e eternos quanto palavras? Fora tudo isso...
Outras coisas que muitas vezes esquecemos são as pequenas coisas, os detalhes tão pequenos do ato de conviver, tudo isso porque o tempo quer nos levar com ele. Sempre presente, o tempo sabe como dizer: - Estou aqui. E vive passando com pressa. Nos leva e ao nos levar, no vento, acabamos em preto e branco.
Portanto, cada palavra no seu tempo e lugar é que devem estar.
Nada mais nem a mais.
Não me farei mais presente do meu jeito, e além disso também ando com vontade de esquecer palavras que me esvaziam, que me deixam sem vontade e... sem amor.
Nada mais, nem a mais
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