Parecem duas inimigas, às vezes, dentro de minha alma...
Ou sempre em caminhos paralelos, cujo cruzamento será impossível, ou em caminhos opostos, uma contra a outra. Por motivos dos mais estranhos quando estamos nos sentindo sós e nos tornamos frágeis, a razão parece ofender e agredir a emoção que nos assola. Por outro lado, a razão nos ajuda a perceber mais do que nossa emoção pode desejar.
E assim, lutam até uma diluir a outra ao nada, transformando-a em sua súdita. Cruel ver isso...
Não queria ver o que talvez não fosse preciso. Mas, acabo vivendo o prazer de tornar a razão minha súdita. Digo minha, sim, porque sou feita de emoção quase o tempo todo do dia. Alguns momentos a razão é imprescindível , através de seu conhecimento do mundo e de sua vivência, observando o comportamento da emoção, para que meu trabalho, estimulando estudantes a sentirem prazer ao lidar com o mundo e seus saberes, proporcione um espaço de pleno conhecimento.
Eis aqui um momento em que razão e emoção se cruzam: o prazer em querer saber mais, desejar mais, aprender mais.
O mundo não seria tão indelicado ao ponto de não deixá-las marcarem um encontro sequer ao longo da história da Humanidade.
Vários encontros tiveram, imagino pelo que já li...
Alguns desses encontros causaram tragédias ao próprio ser que as sente e cria... Outros encontros entre elas foram de tanta amorosidade e solidariedade que ultrapassaram as diferenças e construíram a capacidade de se compreenderem para o resto dos tempos.
Esperamos que a elegância da razão compreenda a impulsividade da emoção, sempre, e que uma consiga compartilhar com a outra, a sabedoria alicerçada na passagem do tempo através da roda da fortuna.
A roda gira, testando seus admiradores, levando-os ao limite de suas emoções e de seus conhecimentos.
Quem explica isso?
Deus e o conhecimento sagrado?
Pode ser, por que não?
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