Quando chegamos ao final do ano, o mundo inteiro fala sobre o que aconteceu ou não, o que se fez e o que não se fez, e assim por diante...
Não consegui escapar, mesmo achando que não só nos finais de ano que devemos fazer isso, mas todos os dias. É um bom exercício.
Quando pequena o praticava todas as noites, antes de dormir, para não repetir os 'erros' daquele dia. Era uma forma que estrategicamente encontrei para dormir melhor e manter a esperança de conseguir o que almejava: o olhar de um menino que gostava, a alegria das amigas, a vitória no próximo jogo de voley, pensar em deixar meus pais mais contentes comigo...
Passaram-se os anos e fui perdendo esse hábito. Fui conhecendo pessoas que, imaginava eu que elas não davam importância, ou eu não dava importância a elas, e assim, não seria mais necessário pensar muito sobre o que era dito e feito, todos os dias, só de vez em quando. Afinal, não faria muita diferença... Alguns bons anos correram assim, construindo-se relacionamentos sem percebermos os pequenos detalhes, deixando as amorosidades de lado, esuqecendo-nos dos beijos de 'oi' e 'tchau'... Que coisa...
Agora, escrevendo sobre isso, não é um absurdo?
Devemos ser melhores para nós mesmos e não para os outros, mas só a maturidade, a experiência que cavoca a mente de tal forma a nos permitir enxergar melhor.
Sobre os dias e horas deste ano que finda, muitos momentos poderiam ter sido diferentes, mais aproveitados, mais felizes, menos doloridos. Gostaria de voltar uns meses atrás... Teria aproveitado muito mais o que realmente queria, teria sido menos ansiosa e mais madura, menos burra e mais perspicaz...
Não posso voltar...
Que pena...
Estão vendo como perdemos oportunidade de sermos felizes por alguns minutos que sejam?
Não importa. Continuo amando, continuo investindo no que meu desejo manda, com menos medos e anseios, com mais vontade ainda de viver horas felizes e não mais, há muito tempo, feliz para sempre.
Construí vínculos do jeito que eu gosto, do jeito que sou, verdadeira, sem artimanhas de palco, como estamos todos aconstumados.
Se foi assim para os outros, não sei... Mesmo achando que não, a esperança de pensar que sim, que foram de verdade, que a comunicação por sensações aconteceu no real, nunca se esvairá. Posso eu me transformar em pó, mas não a esperança que carrego dentro, amarrada ao coração e a mente, que seria impossível pensar em esquecer tudo o que aconteceu.
Nunca aconselharia alguém a esquecer, mesmo as dores. Devemos aceitá-las, e isto não é fácil. Já que não é fácil, esse é o caminho a ser escolhido. As minhas escolhas sempre se basearam nesse critério: é mais fácil assim? Então farei do outro jeito.
Pois, meu coração ainda bate com ansiedade, com amor, com paixão. Este é um sinal que devo continuar a viver e a fazer do jeito que sou e sinto a vida e as pessoas.
Assim será até sentir que a vela está perdendo força. A minha vela. Logo saberei disso. Será o momento de outra escolha, e das mais difíceis...
Assim como em música, este espaço dedica-se a ideias entre um sentimento e outro que aparecem sem querer, ou por necessidade que poderão vir a modular um tema emocional, oferecendo vários sentidos a ele e a quem o expressa. É...na verdade, é só um blog como outro qualquer, com uma montanha de palavras que algumas vezes parecem fazer sentido, outras vezes...não
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Ponto de Vista - Letras 3 - Casuarina
"Do ponto de vista da terra quem gira é o sol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista do mar quem balança é a praia
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia,
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final"
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia,
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final"
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Amar é sempre desajeitadamente Amar
Pensando naquela história em que alguém pergunta a outro alguém se vale à pena amar já que tudo acaba, as pessoas se vão e a vida termina, ocorreu-me o seguinte:
Começa que a pergunta já não caberia, pois quem faz uma pergunta assim, já ama, não pois?
Então...
Amemos sempre e com toda a intensidade possível.
Amemos tudo e a todos.
Amemos o que fazemos, com quem convivemos.
Amemos do nosso jeito, pode ser com um olhar silencioso, pode ser com palavras exageradas, ou até com silêncios eloquentes...
Não importa...
Apenas, amemos!
Quando alguém que amamos se vai, aceitemos com um coração suave e permitamos que o amor que nos foi oferecido gentilemente tome espaço dentro de nós. Assim que as pessoas continuam em nós, com seus olhares de vida, com suas palavras de ensinamentos e de carinho, mesmo que o tempo suavize a dor. Pelo menos nisso ele é um bom companheiro...
Ame quando perto ou quando longe, mas ame...
Ame sem ou com...
Apenas ame, pois a música que corre nas veias de quem ama é a música de harmonia perfeita, com dissonâncias e consonâncias...
Afinações ou desafinações ...
Com erros e acertos ...
Ame, com palavras, ou gestos ou apenas um olhar, um sorriso, um carinho, uma música ...
Apenas
Ame!
Começa que a pergunta já não caberia, pois quem faz uma pergunta assim, já ama, não pois?
Então...
Amemos sempre e com toda a intensidade possível.
Amemos tudo e a todos.
Amemos o que fazemos, com quem convivemos.
Amemos do nosso jeito, pode ser com um olhar silencioso, pode ser com palavras exageradas, ou até com silêncios eloquentes...
Não importa...
Apenas, amemos!
Quando alguém que amamos se vai, aceitemos com um coração suave e permitamos que o amor que nos foi oferecido gentilemente tome espaço dentro de nós. Assim que as pessoas continuam em nós, com seus olhares de vida, com suas palavras de ensinamentos e de carinho, mesmo que o tempo suavize a dor. Pelo menos nisso ele é um bom companheiro...
Ame quando perto ou quando longe, mas ame...
Ame sem ou com...
Apenas ame, pois a música que corre nas veias de quem ama é a música de harmonia perfeita, com dissonâncias e consonâncias...
Afinações ou desafinações ...
Com erros e acertos ...
Ame, com palavras, ou gestos ou apenas um olhar, um sorriso, um carinho, uma música ...
Apenas
Ame!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Pensamentos - Letras 2
Pensamentos que me afligem
Sentimentos que me dizem
Dos motivos escondidos
Na razão de estar aqui
As perguntas que me faço
São levadas ao espaço
E de lá eu tenho todas
As respostas que eu pedi
Quem me dera que as pessoas que se encontram
Se abraçassem como velhos conhecidos
Descobrissem que se amam
E se unissem na verdade dos amigos
E no topo do universo uma bandeira
Estaria no infinito iluminada
Pela força desse amor, luz verdadeira
Dessa paz tão desejada
Pensamentos ...
E eu penso nas razões da existência
Contemplando a natureza nesse mundo
Onde às vezes aparentes coincidências
Têm motivos mais profundos
Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas
Pensamentos ...
(R.C.)
Sentimentos que me dizem
Dos motivos escondidos
Na razão de estar aqui
As perguntas que me faço
São levadas ao espaço
E de lá eu tenho todas
As respostas que eu pedi
Quem me dera que as pessoas que se encontram
Se abraçassem como velhos conhecidos
Descobrissem que se amam
E se unissem na verdade dos amigos
E no topo do universo uma bandeira
Estaria no infinito iluminada
Pela força desse amor, luz verdadeira
Dessa paz tão desejada
Pensamentos ...
E eu penso nas razões da existência
Contemplando a natureza nesse mundo
Onde às vezes aparentes coincidências
Têm motivos mais profundos
Se as cores se misturam pelos campos
É que flores diferentes vivem juntas
E a voz dos ventos na canção de Deus
Responde todas as perguntas
Pensamentos ...
(R.C.)
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Canção de Verão - letras - 1
É como um sol de verão
Queimando no peito
Nasce um novo desejo
Em meu coração
É uma nova canção
Rolando no vento
Sinto a magia do amor
Na palma da mão
É verão!
Bom sinal!
Já é tempo
De abrir o coração
E sonhar...
Queimando no peito
Nasce um novo desejo
Em meu coração
É uma nova canção
Rolando no vento
Sinto a magia do amor
Na palma da mão
É verão!
Bom sinal!
Já é tempo
De abrir o coração
E sonhar...
Hoje é Natal!
Hoje, de algum lugar.
Longe destas terras
Um olhar especial de alguém especial
... De distantes origens
Um olhar de um justo coração
Que pulsa só a vida
Que sorri porque ama plenamente
Sem jugos, sem conceitos,
Sem prisões
Hoje como ontem
Longe destes céus
Há um encantado olhar só para você
Nesse olhar, nesse fitar.
Vai para você a magia da luz
A simplicidade do perdão
A força para comungar a vida
E a esperança
De dias mais radiantes de paz
Hoje, de algum lugar dentro de você.
Alguém que já o amou muito
E ainda o ama
Diz para você que valeu a pena
Ter estado nestas terras
Sob estes céus
Falando de união, paz, amor e perdão.
Só para você saber
Que hoje é Natal
E poder sentir a força
Que faz você sorrir
E continuar o caminho
Que um dia aquele doce olhar
Iniciou para você!
Paulo Kronemberger
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
UM BRINDE!
Pois creio que merecemos um brinde, todos nós!!
Aos erros e aos acertos
Aos sentidos e ao que sentimos
Ao Sol e à Lua
Ao mar e ao ar
Um brinde à vida e à morte
Aos abraços e des-abraços
Aos beijos e à falta deles
Aos que se encontraram
Mas também aos que se des-encontraram
A todos que desejaram
E aos que sonharam
Ao que aprendemos
E ao que esquecemos de viver
Um brinde!!
Aos meus amigos de perto
E àqueles de longe, que tão perto parecem...
Um brinde aos meus amores
Um brinde aos começos e aos finais
Aos Prelúdios e interlúdios
À música
À pintura
Às palavras que nos substituem
Um brinde a ti
A ele e a ela
Um brinde à nós
Em especial...
Um brinde a mim!
Quem quiser fazer um brinde, faça-o aqui...
Aos erros e aos acertos
Aos sentidos e ao que sentimos
Ao Sol e à Lua
Ao mar e ao ar
Um brinde à vida e à morte
Aos abraços e des-abraços
Aos beijos e à falta deles
Aos que se encontraram
Mas também aos que se des-encontraram
A todos que desejaram
E aos que sonharam
Ao que aprendemos
E ao que esquecemos de viver
Um brinde!!
Aos meus amigos de perto
E àqueles de longe, que tão perto parecem...
Um brinde aos meus amores
Um brinde aos começos e aos finais
Aos Prelúdios e interlúdios
À música
À pintura
Às palavras que nos substituem
Um brinde a ti
A ele e a ela
Um brinde à nós
Em especial...
Um brinde a mim!
Quem quiser fazer um brinde, faça-o aqui...
domingo, 18 de dezembro de 2011
de que adianta?
Na hora da raiva rasgo o verbo,
depois esqueço tudo
e invento um pretexto
prá tentar refazer
o foi desfeito.
depois esqueço tudo
e invento um pretexto
prá tentar refazer
o foi desfeito.
sábado, 17 de dezembro de 2011
V.de M.
(...)
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto
Divenne triste colui che era amante
E solo colui che era soddisfatto
Divenne l'amico intimo distante
La vita diventò avventura errante
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto.
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto
Divenne triste colui che era amante
E solo colui che era soddisfatto
Divenne l'amico intimo distante
La vita diventò avventura errante
D’un tratto, no assai più che sol d’un tratto.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Um grito no nada
Não estou conseguindo gritar...
Meu grito está abafado, congestionado, amarrado, pendurado. Nem sempre é possível dizer o que o coração envia, portanto guardo meu grito agora.
Antes que me sufoque, eu o sufocarei primeiro.
Afinal, onde estou que às vezes não sei ser do jeito que penso ser, oras... ? Num mundo onde as pessoas mostram-se de um jeito que não pareciam ser, ou será que realmente somos assim? Tão ... inesperados que nos surpreendemos com tantas coisas... com tantas pessoas.
Desconheço-me neste momento ...
O que fiz até hoje?
Nada... Isso mesmo...
Nada
Apenas vivo.
Portanto, não há motivos para gritar.
Meu grito está abafado, congestionado, amarrado, pendurado. Nem sempre é possível dizer o que o coração envia, portanto guardo meu grito agora.
Antes que me sufoque, eu o sufocarei primeiro.
Afinal, onde estou que às vezes não sei ser do jeito que penso ser, oras... ? Num mundo onde as pessoas mostram-se de um jeito que não pareciam ser, ou será que realmente somos assim? Tão ... inesperados que nos surpreendemos com tantas coisas... com tantas pessoas.
Desconheço-me neste momento ...
O que fiz até hoje?
Nada... Isso mesmo...
Nada
Apenas vivo.
Portanto, não há motivos para gritar.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Ilusão de ter é saber que nada existe
Nada fácil é desfazer-se de uma ilusão. É como um segredo que é preciso revelar-se, uma ligação secreta com algo fantasma que precisa desligar-se.
Difícil de entender?
Não
Explico da seguinte forma: Internamente idealizo algo que não está em mim, pois o que está em mim é a idealização gigantesca de um 'objeto fantasma', pode-se assim dizer. Busco fundir-me a ele, busco ligar-me a ele de tal forma a não sentir a dor da perda, a enorme dor de não ter mais, o que na real nunca foi tido. Porém, ao agarrar-me a ele sinto-me mais forte. Isto tudo para me defender de uma realidade que não tolero, pior que isso, submeto-me a essa ilusão... Sim. Uma ilusão de 'estar mais forte'. Amarro-me a ela até saturar a mim própria.
Narcisismo?
Pode ser... Mas quem nunca sentiu-se assim?
Saber a linha limítrofe entre a fusão e o que não pode ser, só a experiência vivida para explicar. E se esta experiência vier de alguém que enxerga a vida como possibilidades factíveis de afeto, incentiva e estimula a fusão.
E depois? O que fazer? Não me sinto como vítima, mas como agente, pode isso?
O processo de simbolizar a vida prá mim é tão...fácil. Não entendo os motivos pelos quais isso não me facilita nos momentos de desapego. Só me desapego de uma forma: afastando-me definitivamente. Para sempre.
Depois de iludir-me que algo tenho, dou-me conta que nada existe...
Impossível fugir da desilusão.
Bom?
Que nada!
A única conclusão que chego é que querer, desejar, isso é tudo ilusão. Ninguém tem coisa qualquer, apenas pensa que tem ou que pode vir a ter.
Difícil de entender?
Não
Explico da seguinte forma: Internamente idealizo algo que não está em mim, pois o que está em mim é a idealização gigantesca de um 'objeto fantasma', pode-se assim dizer. Busco fundir-me a ele, busco ligar-me a ele de tal forma a não sentir a dor da perda, a enorme dor de não ter mais, o que na real nunca foi tido. Porém, ao agarrar-me a ele sinto-me mais forte. Isto tudo para me defender de uma realidade que não tolero, pior que isso, submeto-me a essa ilusão... Sim. Uma ilusão de 'estar mais forte'. Amarro-me a ela até saturar a mim própria.
Narcisismo?
Pode ser... Mas quem nunca sentiu-se assim?
Saber a linha limítrofe entre a fusão e o que não pode ser, só a experiência vivida para explicar. E se esta experiência vier de alguém que enxerga a vida como possibilidades factíveis de afeto, incentiva e estimula a fusão.
E depois? O que fazer? Não me sinto como vítima, mas como agente, pode isso?
O processo de simbolizar a vida prá mim é tão...fácil. Não entendo os motivos pelos quais isso não me facilita nos momentos de desapego. Só me desapego de uma forma: afastando-me definitivamente. Para sempre.
Depois de iludir-me que algo tenho, dou-me conta que nada existe...
Impossível fugir da desilusão.
Bom?
Que nada!
A única conclusão que chego é que querer, desejar, isso é tudo ilusão. Ninguém tem coisa qualquer, apenas pensa que tem ou que pode vir a ter.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Não quero mais que o dado
Do que quero renego, se o querê-lo
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Me pesa na vontade. Nada que haja
Vale que lhe concedamos
Uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
Recebo o que me é dado,
E o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
Ou que o tido desejo.
Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Bem... O vazio
"O desejo enquanto real não é da ordem da palavra e sim do ato." Isso foi Lacan
"Lenta é a experiência de todos os poços profundos:
longamente têm de esperar, antes de saberem o que caiu em seu fundo."
E isso, foi Nietzsche
As questões sobre o desejo humano andam me tirando do sério...
Desejo - marca singular do humano no Ser.
Muito falamos nisso - satisfazer a necessidade para realização do desejo e logo a perda do objeto real, chegando à perda do objeto no qual seria o Outro - objeto de Amor.
Será que daria prá aprender a viver de forma menos sofrível?
Será que haveria ao menos uma esperança de sentirmos menos dor?
Será que haveria ao menos uma esperança de sentirmos menos dor?
"A fantasia é a sustentação do desejo, não é o objeto que é a sustentação do desejo" - Lacan, de novo. Esse me deixa doida... Pensem comigo: Impossível voltar ao momento originário de satisfação, e aceitar a Coisa (das Ding).
Portanto, o encontro com esse Real seria a morte. O vazio seria impossível de ser preenchido?
Que nada... Preencho o vazio que sinto com música, com amizades, com alegria, com criatividade, com palavras, com desenhos, com beijos, com olhares, com as pequenas e simples coisas de se viver.
Ah! Como esquecer... Tudo acaba, Oh!!! Sim, acaba... Mas preencho de novo, oras...
É preciso dormir para acordar. É preciso esvaziar para renovar. E isso fui eu...
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Já dizia o poeta
Uma canção nasce de outra quando sentimentos novos florescem.
Para que uma canção nasça de outra é preciso que algo acabe.
Uma canção sempre nasce de outra.
Para que uma canção nasça de outra é preciso que algo acabe.
Uma canção sempre nasce de outra.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Um pouco de Florbela
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
*******************************
Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade
*******************************
Nunca fui como todosNunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...
****************************
Por hoje (e não sei por quanto tempo mais) é isso...
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
A ilusão de todo dia
Pois, mais uma vez
Caí do alto da ilusão
A ilusão de todo dia
Já Sabia
Mas evitei e desviei
Caí e me decepcionei
Comigo,
E com quem deveria aprender
Aprender nada mais
Nada mais a escrever
Tampouco a dizer...
Simplesmente
Acabou e acabei
Caí do alto da ilusão
A ilusão de todo dia
Já Sabia
Mas evitei e desviei
Caí e me decepcionei
Comigo,
E com quem deveria aprender
Aprender nada mais
Nada mais a escrever
Tampouco a dizer...
Simplesmente
Acabou e acabei
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Comentários sobre: “A dicotomia do Trânsito: vida ou morte x educação ou fiscalização?
Livro: O Comportamento humano no trânsito
A sociedade atual caracteriza-se por ‘funcionar’ através de relações em que olhar o Outro com maior cuidado é um fator secundário. O ser humano, por suas características relacionais inatas precisa do Outro para viver e, de uma certa forma, esqueceu-se disso.
A liquidez nas relações acontece cada vez mais. As conseqüências são claras, os afetos se diluem em fragilidades e medos e transformam-se em agressividade, como defesa dos ‘ataques’ na relação espaço-tempo.
É possível afirmar e confirmar, já que somos todos usuários direta ou indiretamente da ‘situação’ Trânsito atual, que toda a agressividade, todo o descontentamento, todos os mecanismos de defesa dos indivíduos refletem-se no ir e vir diários do trânsito (local este no qual todos se des-encontram ao invés de encontrarem-se).
Pois, que coisa...
Conflitos, agressões físicas, mortes, perdas, lutos, choros, amores, os donos do mundo, seres intocáveis e superiores... Tudo vemos e tudo acontece. Pessoas ditas mais tranqüilas ou cautelosas, preventivas existem, mas não aparecem muito. Por quê? Primeiro porque são em menor número e segundo por motivos de autodefesa também.
Estudar comportamentos humanos nesse espaço que deveria ser de encontros significa uma tentativa de buscar formas alternativas para amenizar os resultados gritantes de perdas de vidas, provocadas ou acidentais, e penso que em aula começamos a refletir na importância do humano ser, estar e manter-se humano, apesar das contrariedades e das exigências mentais, físicas e afetivas provocadas quando em trânsito no trânsito.
Muito interessante a pesquisa realizada sobre os significados diferenciados para cada usuário. O indivíduo, motorista, deposita no objeto carro a situação de casa, investindo nele, objeto carro, significados como: quarto, sala, cozinha, banheiro. Ou seja, funções que seriam participativas do lar, são atribuídas ao carro. Fato importante que reflete o tipo de vida que temos na sociedade brasileira e nos leva a questionar, inclusive a instituição família, lar, além, claro, dos níveis dependentes que vivemos quanto à estética, quanto à saúde e quanto à educação.
Se há conflito em casa, não haveria no trânsito?
Casa: espaço de proteção; espaço de encontro; espaço de privacidade e espaço de conflito, pois não?
Todos esses significados são fundamentais para a compreensão do comportamento dos indivíduos no cotidiano do trânsito. As atuações são semelhantes, porém, penso que ilusórias. Mesmo que assim ocorra, a ilusão está presente na situação de convivência.
A sociedade atual caracteriza-se por ‘funcionar’ através de relações em que olhar o Outro com maior cuidado é um fator secundário. O ser humano, por suas características relacionais inatas precisa do Outro para viver e, de uma certa forma, esqueceu-se disso.
A liquidez nas relações acontece cada vez mais. As conseqüências são claras, os afetos se diluem em fragilidades e medos e transformam-se em agressividade, como defesa dos ‘ataques’ na relação espaço-tempo.
É possível afirmar e confirmar, já que somos todos usuários direta ou indiretamente da ‘situação’ Trânsito atual, que toda a agressividade, todo o descontentamento, todos os mecanismos de defesa dos indivíduos refletem-se no ir e vir diários do trânsito (local este no qual todos se des-encontram ao invés de encontrarem-se).
Pois, que coisa...
Conflitos, agressões físicas, mortes, perdas, lutos, choros, amores, os donos do mundo, seres intocáveis e superiores... Tudo vemos e tudo acontece. Pessoas ditas mais tranqüilas ou cautelosas, preventivas existem, mas não aparecem muito. Por quê? Primeiro porque são em menor número e segundo por motivos de autodefesa também.
Estudar comportamentos humanos nesse espaço que deveria ser de encontros significa uma tentativa de buscar formas alternativas para amenizar os resultados gritantes de perdas de vidas, provocadas ou acidentais, e penso que em aula começamos a refletir na importância do humano ser, estar e manter-se humano, apesar das contrariedades e das exigências mentais, físicas e afetivas provocadas quando em trânsito no trânsito.
Muito interessante a pesquisa realizada sobre os significados diferenciados para cada usuário. O indivíduo, motorista, deposita no objeto carro a situação de casa, investindo nele, objeto carro, significados como: quarto, sala, cozinha, banheiro. Ou seja, funções que seriam participativas do lar, são atribuídas ao carro. Fato importante que reflete o tipo de vida que temos na sociedade brasileira e nos leva a questionar, inclusive a instituição família, lar, além, claro, dos níveis dependentes que vivemos quanto à estética, quanto à saúde e quanto à educação.
Se há conflito em casa, não haveria no trânsito?
Casa: espaço de proteção; espaço de encontro; espaço de privacidade e espaço de conflito, pois não?
Todos esses significados são fundamentais para a compreensão do comportamento dos indivíduos no cotidiano do trânsito. As atuações são semelhantes, porém, penso que ilusórias. Mesmo que assim ocorra, a ilusão está presente na situação de convivência.
Pergunto: Onde termina a ilusão e começa a realidade?
Respondo: Provavelmente nas perdas que acontecem sem o tal controle que supostamente em casa é possível.
Para terminar, é pertinente apontar uma grande diferença: no trânsito, além da responsabilidade que deveríamos ter sobre a vida humana, apenas tendo um comportamento preventivo de situações fatais, algo terrível que aparece a olhos vistos é o contraponto disso: a total indiferença para com o significado de uma vida humana. Ou seja, o humano, do ser humano, se desfaz diante da sedução dos atrativos da sociedade contemporânea, ou pós alguma coisa...
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Estou em estado de paralisia total
Nem pensar consigo, muito menos aprender alguma coisa.
Exausta, com a sensação de desadaptação ao mundo.
Não raro acontece...
E quando acontece, é só ligar o play e ouvir...
Ouvir uma música até acabar.
Depois, ouvir de novo... e de novo...
Até acalmar o coração.
Parece que deste momento em diante até o resto da vida nada mudará...
Exausta, com a sensação de desadaptação ao mundo.
Não raro acontece...
E quando acontece, é só ligar o play e ouvir...
Ouvir uma música até acabar.
Depois, ouvir de novo... e de novo...
Até acalmar o coração.
Parece que deste momento em diante até o resto da vida nada mudará...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Ah Os Amores...
Cismam em aparecer...
Na fragilidade das vozes
Na loucura mágica
Na força dos olhares
No veneno dos beijos
Nas esperas...
Nas amarguras
Na efemeridade da vida
Na autenticidade das palavras
Nas possibilidades hipotéticas
Na sonoridade do dia
No silêncio da noite
Na sonoridade do dia
No silêncio da noite
E quando aparecem,
São avassaladores
Interrogativos
Confusos
Penosos
Prisioneiros
Nos cegam
Nos fazem chorar
Nos fazem rir...
Escondem-se
Negam-se
E
Mesmo assim
Não nos deixam
Sempre
Na trilha da vida
Na trilha da vida
Todos eles...
Sobreviverão
Amarrados à alma
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Sobre ilusão
Ilusão se esvai
E na realidade, se cai.
Mas ao cair
A realidade fica demais
Então, o que se faz?
Se canta
Se escreve
Se sente a dor
E se aceita que doi
Depois?
Só passando o hoje prá saber....
E na realidade, se cai.
Mas ao cair
A realidade fica demais
Então, o que se faz?
Se canta
Se escreve
Se sente a dor
E se aceita que doi
Depois?
Só passando o hoje prá saber....
sábado, 19 de novembro de 2011
Doi, amar...
O silêncio entre uma palavra e outra faz pensar.
O silêncio entre um som e outro faz desejar.
O silêncio entre o que foi e o que não foi...
Faz amar...
Mas, por que doi tanto amar?
O silêncio entre um som e outro faz desejar.
O silêncio entre o que foi e o que não foi...
Faz amar...
Mas, por que doi tanto amar?
Tentativa 1
Hoje tento voltar
Voltar a derramar em palavras
O que faz a vida acontecer
O silêncio eu até entendo
Mas não queria entender
Seria bem melhor
Se nem tivessse entendido
O que o oráculo quis dizer...
Voltar a derramar em palavras
O que faz a vida acontecer
O silêncio eu até entendo
Mas não queria entender
Seria bem melhor
Se nem tivessse entendido
O que o oráculo quis dizer...
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Lembrei que ainda não agradeci
Agradeço
Apenas...
Agradeço
Muito
O que foi
O que não foi
Os encontros
E os des-encontros
Aos sentimentos
Às emoções fortes
Ao Sol da manhã
E ao escuro da noite
Agradeço à Música
Ao pensamento
Ao Freud
E ao seu acolhimento
Ao ir e vir
E ao silêncio
Que se faz ouvir...
Aos ventos
Que me levam
Ao beijo
Ao amor
Agradeço
Apenas...
Agradeço
Muito
Apenas...
Agradeço
Muito
O que foi
O que não foi
Os encontros
E os des-encontros
Aos sentimentos
Às emoções fortes
Ao Sol da manhã
E ao escuro da noite
Agradeço à Música
Ao pensamento
Ao Freud
E ao seu acolhimento
Ao ir e vir
E ao silêncio
Que se faz ouvir...
Aos ventos
Que me levam
Ao beijo
Ao amor
Agradeço
Apenas...
Agradeço
Muito
Do lado de fora
Acho que ando do lado de lá
Do lado de fora do mundo
Alguns pensam que são mutantes
Outros pensam que são amados
Tem ainda os que pensam que são os tais
Alguns falam pouco
Outros falam demais
Tem os que se mostram
de jeitos e trejeitos
Sonham do lado de cá
Em viver o lado só de lá
Hoje só penso em nada...
Nada mais... nem a mais.
Do lado de fora do mundo
Alguns pensam que são mutantes
Outros pensam que são amados
Tem ainda os que pensam que são os tais
Alguns falam pouco
Outros falam demais
Tem os que se mostram
de jeitos e trejeitos
Sonham do lado de cá
Em viver o lado só de lá
Hoje só penso em nada...
Nada mais... nem a mais.
domingo, 13 de novembro de 2011
Palavras
Palavras...
Palavras...
Palavras...
Que tanto fala essa gente?
Pensam que com as palavras
Podem salavar o coração da gente...
Questão suave de toda noite
Quando olho as estrelas
Separadas da Lua
De noite, no Ceu
Penso no Sol
Que com sua luz ecoa
Do nada ao tudo
E mesmo assim
De tudo
Sobra o nada.
sábado, 12 de novembro de 2011
Suave questão de todas as manhãs
Saber levantar-se
Ficar em pé
Abrir a janela
E sentir a vida
Pulsando no delicado
Toque do sol
Aquecendo a pele
E queimando
Tudo o que
Se foi...
Sem pensar
Que podia ter sido
Sem ir nem vir
Apenas somar o perdidoBebendo da água
Encontrada no caminho
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Chau número três - Mario Benedetti
Te dejo con tu vida
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres
sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
seguro sin seguro
te dejo frente al mar
descifrándote a solas
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota
te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía
pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono
estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en un árbol añoso
de oscuros cabeceos
estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra
estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen
y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.
tu trabajo
tu gente
con tus puestas de sol
y tus amaneceres
sembrando tu confianza
te dejo junto al mundo
derrotando imposibles
seguro sin seguro
te dejo frente al mar
descifrándote a solas
sin mi pregunta a ciegas
sin mi respuesta rota
te dejo sin mis dudas
pobres y malheridas
sin mis inmadureces
sin mi veteranía
pero tampoco creas
a pie juntillas todo
no creas nunca creas
este falso abandono
estaré donde menos
lo esperes
por ejemplo
en un árbol añoso
de oscuros cabeceos
estaré en un lejano
horizonte sin horas
en la huella del tacto
en tu sombra y mi sombra
estaré repartido
en cuatro o cinco pibes
de esos que vos mirás
y enseguida te siguen
y ojalá pueda estar
de tu sueño en la red
esperando tus ojos
y mirándote.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Nada mais nem a mais
Esquecer, ultimamente, tem sido um verbo presente em minha vida. Talvez, escrevendo sobre essa ideia que se grudou no pensamento, de esquecer coisas e situações e, mais ainda, pessoas, possa desviá-la do meu caminho.
Bem, esquecer algumas coisas, é importante, pois algumas coisas devem ser esquecidas. Nossa vida até o momento presente foi construída através de experiências vividas. Algumas destas experiências foram boas e outras não. Normal... Portanto, o caminho é esquecê-las, as não boas.
Mas, nunca totalmente. Se pudéssemos filtrar esses acontecimentos, permitindo que se transformassem em situações de aprendizagem, o que não é fácil, é preciso um certo distanciamento para tal, conseguiríamos nos fortalecer ao ponto de convivermos bem melhor conosco, com a vida, com os outros. Dar a devida distância, afastando-se para olhar 'de fora', vai dizer isso prá mim, pô!! E o aperto no estômago e na garganta... E a vontade de chorar muito...?
Por outro lado, algumas coisas parece que pedem para que sejam esquecidas. Situação delicada esta porque os limites de todos são diferentes, os níveis de tolerância são diferentes. Nos deixamos levar pela vida e depois queremos controlar o que já foi perdido. Atucanamos o mundo inteiro (atucano...) Sabe aquela história de pressa? Temos algo para fazer. Vamos com muita pressa... Mas vamos com tanta pressa que esquecemos de nos levar junto. Aí, meus amigos, nos perdemos no meio do caminho. Paramos e pensamos:
Onde estou? Para onde devo ir? Bom, ainda bem que tudo o que fiz na minha vida, de nada me arrependo a não ser do que foi adiado por tempo indeterminado.
Os esquecimentos corriqueiros do cotidiano, estes me desorganizam profundamente. Pessoas falam comigo e, dependendo do assunto...Já era.
Sobre as palavras... Minha saúde está nelas, pelo menos até então era minha convicção.
Onde estou? Para onde devo ir? Bom, ainda bem que tudo o que fiz na minha vida, de nada me arrependo a não ser do que foi adiado por tempo indeterminado.
Os esquecimentos corriqueiros do cotidiano, estes me desorganizam profundamente. Pessoas falam comigo e, dependendo do assunto...Já era.
Sobre as palavras... Minha saúde está nelas, pelo menos até então era minha convicção.
Pois não é que descobri que as palavras também podem nos esquecer? Elas, algumas vezes podem nos odiar, tanto quanto nos amar. E, sendo assim, também esquecem porque se magoam conosco, guardam alguns rancores.
Mesmo não querendo, nos deixamos levar pelo esquecimento delas. Quando vimos, ficaram pelo meio do caminho, assim como chaves... canetas... livros...
Não quero viver de esquecimentos... O vazio das palavras nada preenche, pelo menos para quem gosta delas. E gosto muito delas... Sei que hoje nada as trará de volta, não as mesmas palavras usadas nas mesmas situações, não. Compreendo, agora (e antes também, só não queria).Um olhar, um carinho na mão, um beijo até... será que são tão mais fortes e eternos quanto palavras? Fora tudo isso...
Outras coisas que muitas vezes esquecemos são as pequenas coisas, os detalhes tão pequenos do ato de conviver, tudo isso porque o tempo quer nos levar com ele. Sempre presente, o tempo sabe como dizer: - Estou aqui. E vive passando com pressa. Nos leva e ao nos levar, no vento, acabamos em preto e branco.
Portanto, cada palavra no seu tempo e lugar é que devem estar.
Nada mais nem a mais.
Não me farei mais presente do meu jeito, e além disso também ando com vontade de esquecer palavras que me esvaziam, que me deixam sem vontade e... sem amor.
Nada mais, nem a mais
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Foi assim... (Uma parte de um conto que um dia farei...)
Certa feita, num lugar em que pessoas se questionavam sobre a vida, sobre os limites e sobre como viver apesar de...
Aconteceu que:li, olhei, desejei, quis viver um papel de sonho.
Aconteceu que:li, olhei, desejei, quis viver um papel de sonho.
Na linha entre o sonho e o real, ouvi, num desabafo, outro querer pulsando da mesma forma. Tentei sair do palco porque entendi que a cena ja tinha nova atriz. Mas, ao sair, sofri, me desorganizei e acabei descobrindo que algumas coisas devem ficar no sonho e outras na realidade.
Sera assim, sempre?
Talvez sim, talvez não... Não sabemos.
Ao ouvir pessoas, ainda me envolvo de tal forma que me misturo à ideia de tentar suavizar sua dor a qualquer preço.
Desorganizei-me na realidade por agir asim, briguei com quem não poderia de forma alguma, ao menos por educação e por hierarquia... Tremenda DESeducada fui...
Bem...Como arrumar as situações vividas? Não sei... Preciso inventar uma forma de ser mais feliz e não abandonar a vida, nem o que faço nela.
Preciso compreender que é assim.
E, prá ti eu digo:
"Qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra...
Seja onde for, prá falar de amor..."
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(Carlos Drummond de Andrade in “Amar se Aprende Amando”)
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(Carlos Drummond de Andrade in “Amar se Aprende Amando”)
domingo, 30 de outubro de 2011
Fragmentos de Galeano - ESPELHOS
Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos se lembram de nós.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, se vão?
Assim vamos...
Estou tentando escrever algo coerente com o que sinto neste momento, mas é como se as palavras desaparecessem como mágica. Preciso dizer que sinto-me triste. Preciso aprender a conviver com tristezas. mas, isso eu já sei...
Sei também que uma tristeza é completamente diferente da outra. Da mesma forma uma alegria. Os momentos são diferentes. As pessoas são outras e o mundo gira... Que bom! A roda gira e nunca sabemos prá qual lado ela vai...
Ainda bem que gira, pois não aguentaria tanto espaço vazio dentro de mim. Engraçado que faço tantas coisas e o vazio fica ali, intacto. Nada o preenche. Nem mesmo palavras poéticas. Procuro consolo nelas, sempre, mas... hoje, ontem e por certo nos próximos dias, não encontrarei.
Só canto... Canto porque um momento, um instante existe e me lembra certa canção e.... assim vai...
Vou continuar com minha solidão, com meu vazio infinito e comigo mesmo, fazer o quê?
Sei também que uma tristeza é completamente diferente da outra. Da mesma forma uma alegria. Os momentos são diferentes. As pessoas são outras e o mundo gira... Que bom! A roda gira e nunca sabemos prá qual lado ela vai...
Ainda bem que gira, pois não aguentaria tanto espaço vazio dentro de mim. Engraçado que faço tantas coisas e o vazio fica ali, intacto. Nada o preenche. Nem mesmo palavras poéticas. Procuro consolo nelas, sempre, mas... hoje, ontem e por certo nos próximos dias, não encontrarei.
Só canto... Canto porque um momento, um instante existe e me lembra certa canção e.... assim vai...
Vou continuar com minha solidão, com meu vazio infinito e comigo mesmo, fazer o quê?
sábado, 29 de outubro de 2011
Apego e Des
Apegar-se às coisas, às pessoas ou DES? O que será mais fácil?
Cada um lida com essas situações de acordo com sua história construída em sua vida vivida.
Pois não é que certa feita disse a uma amiga e hoje, sem dúvida, confirmo, que DES, é bem complicado...
Cada um lida com essas situações de acordo com sua história construída em sua vida vivida.
Pois não é que certa feita disse a uma amiga e hoje, sem dúvida, confirmo, que DES, é bem complicado...
Desapegar-se do que amamos, do que vivemos, de quem temos perto é difícl já que apegar-se está ligado à ilusão de possuir. Mas, se tudo passa, tudo é transitório, tudo...acaba... nada temos, apenas somos...(somos o que, mesmo?)
Não podemos possuir o que não é nosso. Há sim, a possibilidade de tocarmo-nos através da alma, no que sentimos, no que aprendemos. Porém, é no distanciar-se, no 'andar alguns passos para trás" que saberemos o que aprendemos, o que sentimos. Nossa! Como doi, como a angústia aperta o corpo por dentro, estrangula o coração até gritar, até parar...
Creio que se a alma fica presa a uma ideia circular mesmo de amor e desejo, fica cada vez mais longe da luz, da possibilidade de continuar a existir em si própria e no grande Outro, e no mundo...Como uma vida...
Ao imaginarmos que as experiências vividas estão inseridas numa grande Roda, em que a Fortuna dita as regras, as sabedorias nos são emprestadas por um tempo para que tenhamos oportunidade de aprender sobre o mundo, sobre a vida, sobre nós. Os desafios, as escolhas, as mudanças caminham junto do sofrimento, do lado, de mãos dadas, e muitas vezes um sofrimento profundo, em que a alma chora, sente dor, roga por uma palavra de consolo, por um pensamento possível de existir.
Para nos desapegarmos do que condicionamos como nosso, é necessário compreender a importância de nos distanciarmos e sairmos da ideia circular de posse, de sentimentos ilusórios que nos fazem escapar do sonho, da imaginação e que estabelece essa tal de desorganização e cometemos as maiores absurdices em nome de algo ilusório, talvez doentio, talvez ....
Refletindo um pouco mais, o próprio desapego nos eleva a uma condição de força interior, de vida possível, de momentos prazerosos e assim vai... assim vamos...
Por aí, entre umas e outras, entre beijos e abraços, entre sentimentos e sonhos...
Apenas, vamos...
E aprendemos...
Então...
Vamos!
Mas...
Alguém aí...Sabe como se faz?
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Amanhã
Preciso saber se não sou uma ilusão de minha própria ilusão.
Um sonho de meu próprio sonho.
Choro e me desfaço na palavra que me arrebata, que me espanca e me dissolve no árido tempo sem lua.
De fato o silêncio me fala cada vez mais, porém, ainda assim, arrisco. Finjo não ouvir, finjo não ver...
Amanhã...
Pensarei.
Um sonho de meu próprio sonho.
Choro e me desfaço na palavra que me arrebata, que me espanca e me dissolve no árido tempo sem lua.
De fato o silêncio me fala cada vez mais, porém, ainda assim, arrisco. Finjo não ouvir, finjo não ver...
Amanhã...
Pensarei.
Nada me cala -
"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia”
Clarice Lispector
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Carlos D. de Andrade
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
... Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
... não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
... e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
Oração do Artista
"Senhor, me invada de criatividade,
encha meu peito de felicidade.
Me ilumine, toque em minhas mãos
... e que seja através delas que
eu fale com a humanidade!"
(Regina Ione de França)
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
C. L.
Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu.
Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra?
A isso quereria c hamar de desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior.
A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na na confirmação de,mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro.
Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra?
A isso quereria c hamar de desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior.
A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na na confirmação de,mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro.
domingo, 23 de outubro de 2011
Lembrei da Torre de Babel
Hoje é preciso, de qualquer jeito escrever. Pensei num conto que não sai da minha mente, pelo menos o começo.
Mas...um conto?
Melhor ainda não...
Minha necessidade de ser entendida no que digo é por demais urgente.
Devo também aceitar que não é possível ser entendida sempre.
Em qualquer língua os desentendimentos acontecem. Em qualquer língua as pessoas podem não se compreenderem. É no silêncio a única forma de compreensão mútua. Nem isso mais sei fazer...Silêncio...
Vivo porque existe o silêncio e nem a ele compreendo mais. Estou dentro da Torre de Babel, é assim que me sinto. Como sair dela? Bem, um jeito vou encontrar. Sem dúvida.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O Infinito da vida!?
Tudo parece inacabado, por mais que pense que cada momento vivido, cada experiência completa pode explicar a vida, tudo parece inacabado. Fico angustiada, pois preciso de certa forma dar um fim a algumas coisas que, mesmo desejando-as, não são para mim. Aliás, estão longe de serem...
Sinto-me, algumas vezes como se flutuasse entre o que vivi e o que poderia ter vivido. Só pode ser numa outra dimensão, se não o vivido, a minha compreensão sobre esse vivido, como num sonho.
Minha vida, toda ela, incrível, é feita de momentos inacabados. Se começar a pensar nisso, o que farei daqui em diante? Alguém diz que as coisas acabam, mas eu digo: não acabam. Continuam dentro de nós.
Talvez isso seja mais sofrível do que tudo, já que tudo pode ter fim.
Hoje, o que me arrepia de medo, é o infinito da vida.
Sinto-me, algumas vezes como se flutuasse entre o que vivi e o que poderia ter vivido. Só pode ser numa outra dimensão, se não o vivido, a minha compreensão sobre esse vivido, como num sonho.
Minha vida, toda ela, incrível, é feita de momentos inacabados. Se começar a pensar nisso, o que farei daqui em diante? Alguém diz que as coisas acabam, mas eu digo: não acabam. Continuam dentro de nós.
Talvez isso seja mais sofrível do que tudo, já que tudo pode ter fim.
Hoje, o que me arrepia de medo, é o infinito da vida.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Relacionamentos -Arnaldo Jabor
Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
... - Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Me ajuda, Clarice Lis,
“Pois tome. Prove. Sinta.
Tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louco, estranho, chato! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciado em gente. Ad...oro ficar sozinho. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije na boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo.
Quer saber como eu sou para me aceitar? Vou me fazer conhecer melhor por você. Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Sou paciente mas profundamente colérico, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão. Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo. Nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrado?
Desculpa, nada é pouco quando o mundo é meu!
Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão.Tranqüilidade e inconstância, pedra e coração.Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.Música alta e silêncio.Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo!Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. ou toca, ou não toca. “
Palavras da vida
Por um lado:
desencontro
desentendimento
turbulências
mal entendidos
invasão
agressividade
medo
culpa
desamor
?
sábado, 15 de outubro de 2011
Fragmento de Fernando Pessoa
"E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
A certos momentos do dia recordo tudo isso e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta estrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,
Desta saciedade antecipada na asa de todas as chávenas,
Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim."
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Carlos Drummond de Andrade
"Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo"
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo"
Letras 1
"Cantando a gente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem pecado.
Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida."
(Cazuza)
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem pecado.
Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida."
(Cazuza)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Interlúdio II
Assim como se recomeça uma vida, recomeço minhas anotações sobre ela. Pretendo, pelo menos, mas acho que já é um bom recomeço.
Assumo as responsabilidades por tudo o que penso e faço, tudo o que digo e escrevo. Assumo meus amores, minhas paixões, acompanhada por medos, mas administrando-os muito bem. É assim que viverei daqui em diante.
Pretendo não cultivar sentimentos que me façam sofrer, sentimentos que causem dor. As raivas, as mágoas, as decepções, as frustrações vão acontecer mas tudo depende de como conversarei com elas. Um papo agradável, em que conterei minhas ansiedades e angústias, mesmo que as amacie um pouco, e manterei forte a necessidade de conviver com todos da melhor forma possível.
Vivamos a vida de maneira bela!
Vivamos a vida com a música dos olhares e das palvras carinhosas!
Vivamos a vida, sem os finais abrasadores e intrépidos, apenas recomeços, sempre. Recomeços poéticos e apaixonados. De longe ou de perto.
Apenas, vivamos a vida!
Assumo as responsabilidades por tudo o que penso e faço, tudo o que digo e escrevo. Assumo meus amores, minhas paixões, acompanhada por medos, mas administrando-os muito bem. É assim que viverei daqui em diante.
Pretendo não cultivar sentimentos que me façam sofrer, sentimentos que causem dor. As raivas, as mágoas, as decepções, as frustrações vão acontecer mas tudo depende de como conversarei com elas. Um papo agradável, em que conterei minhas ansiedades e angústias, mesmo que as amacie um pouco, e manterei forte a necessidade de conviver com todos da melhor forma possível.
Vivamos a vida de maneira bela!
Vivamos a vida com a música dos olhares e das palvras carinhosas!
Vivamos a vida, sem os finais abrasadores e intrépidos, apenas recomeços, sempre. Recomeços poéticos e apaixonados. De longe ou de perto.
Apenas, vivamos a vida!
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