Preciso registrar as palavras de hoje (07/01/2012), que ouvi, que senti, e que parece que era eu mesma falando. Uma formanda, oradora das Artes do Teatro, começou perguntando: "Por que este diploma?" E ousou, depois de algumas palavras de explicação, responder de uma forma que não haveria outra: "Fechem os olhos por uns segundos, todos, e vamos tentar ouvir o silêncio... Logo nos entreguemos ao silêncio e o que ouvimos? O que sentiram? Eu ouvi... Eu senti... O coração que bate, o coração que pulsa. Eis o motivo deste diploma."
A Arte é assim, ou nós procuramos por ela ou ela nos procura. Comigo e a música sempre foi desse jeito, meio desajeitado... Fugi muitas vezes, deixei-a, abandonei-a. Não havia jeito. Ela aparecia do nada. Acabei aceitando que era assim. E hoje senti que não estou sozinha nessa. O grande abraço, forte e fraterno, que dei e que recebi de meu querido, amado e inesquecível professor de História da Música, Celso Loureiro Chaves, e suas palavras dirigidas a mim: "Bueno verte" - foram o diploma, o certificado de que devo aceitar a música, o canto, a arquitetura, parte de mim, parte de meu ser que pulsa quando canta, que vibra quando toca ou ouve uma música, que verte emoção quando desenha ou escreve.
Obrigada, Arte!
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