Estava ontem lendo várias coisas ao mesmo tempo.
Como? Não sei ...
De tudo, acoplei palavras que juntas me disseram o seguinte:
O nada, o ninguém, o silêncio, a pausa, o vazio, o invisível, o impossível ...Não são nossos. Imaginem o tudo, o Outro, o som, a continuidade, o cheio, o visível e o possível...
Saramago diz que apenas temos a permissão de viver um tempo acompanhados por determinadas pessoas, além do próprio viver. O que é perder no meio de tudo isso? Perder alguém, nossa juventude, nossa capacidade de discernimento, nosso bom senso, nossa razão em muitos momentos (muitos mesmo...), nossos amigos que nos deixam por mais um tempo aqui, nossos filhos (que crescem rápido demais) e assim vai. Parece que sempre nossa lista de perdas é maior do que a de ganhos.
Pois tudo nos foi 'emprestado', e em minha humilde opinião, deposito nas palavras de Saramago total pertinência. Não é nosso, nem o Nada e muito menos o Tudo.
Então, por que sofremos? Se nos foi emprestado por um tempo, temos que cuidar. Cuidar do tudo e do nada, do vazio e do não vazio, do ninguém e do Outro, do silêncio e do som, das pausas e das continuidades, do visível e do invisível (principalmente ao coração).
Sobre os sorrisos e as lágrimas, estes sim, devem ser cuidados como se nossos fossem, pois eles, somente eles nos oportunizarão a Amar para além das perdas e ganhos.
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